Momento Espírita
Curitiba, 19 de Março de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Construção sobre a rocha

 

Você se considera uma pessoa de fé?

Não importa qual seja a sua religião, mas será que você tem plena confiança nas verdades que aprende, a ponto de obter sustentação nas horas difíceis?

Para os cristãos, há um ensinamento do Cristo que vale a pena relembrar e refletir.

Em Mateus, cap. 7, versículos 21 a 29, lemos o seguinte:

Todo aquele que ouve estas minhas palavras, e as põe em prática, será como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha.

Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra a casa, mas ela não desabou. Estava fundada na rocha.

Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será como um homem tolo que construiu sua casa sobre a areia.

Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela desabou. E grande foi sua ruína.

Jesus se refere, claramente, à fé operante daqueles que ouvem as Suas palavras e as praticam.

A fé operante é aquela que nos sustenta nas horas mais difíceis da vida.

Será que a nossa fé resiste às chuvas, ventos e enxurradas que chegam a cada dia?

Ou será que o mais leve vento derruba a nossa confiança em Deus?

Será que, quando o vendaval da morte arranca do nosso convívio uma pessoa querida, nossa casa ainda continua firme, ou desaba como as construções feitas sobre a areia?

Nesses momentos, só a certeza da Imortalidade da alma e da individualidade que nosso ente caro guarda após a morte, será capaz de nos trazer conforto íntimo.

Quando a nossa fé não está fundamentada na razão, passamos a nos questionar: E se a morte for o fim de tudo? E se meu familiar querido se foi para sempre? E se aquele corpo que foi enterrado era tudo que existia?

Nessas horas, o cristão se esquece que o Mestre, de quem se diz seguidor, deu o maior exemplo de Imortalidade e individualidade, voltando depois de ter sido morto e enterrado.

E voltou para provar que o túmulo não é o fim da vida, e que o Espírito conserva sua individualidade, isto é, não se perde no todo, como uma gota d'água no oceano.

Tendo essas bases sustentando a fé, nada a fará desabar, nem mesmo os mais terríveis temporais.

E se é capaz de sustentar diante da mais terrível das dores, que é a da separação pela morte, que força não terá frente às demais amarguras?

Se em algum momento a sua fé demonstrar fragilidade diante de uma situação qualquer, talvez seja hora de você buscar solidificar suas certezas.

Se você diz ter fé num Deus justo e bom, nada que lhe aconteça deverá ser motivo de desespero.

Se nas bases da sua fé está bem sedimentada a certeza de que cada um receberá segundo suas obras, nenhuma tempestade a abalará.

Você terá sempre confiança plena no Criador, que tudo sabe e a tudo provê.

Mas, se a mais leve brisa abala suas frágeis crenças, é hora de refletir, estudar a fundo as bases da sua religião e fortalecê-las.

Só assim essa construção estará firmada na rocha. Na rocha de convicções inabaláveis.

*   *   *

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

Pense nisso!

 

Redação do Momento Espírita.
Em  10.09.2012.

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998