Momento Espírita
Curitiba, 18 de Abril de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Segurança íntima

Todos, neste mundo, desejamos viver com tranquilidade mas, nem sempre conseguimos.

No entanto, observamos que algumas pessoas, que convivem conosco, demonstram grande segurança interior, o que lhes confere tranquilidade.

Recebem impactos dolorosos sem desespero. Enfrentam obstáculos grandiosos sem alterar o humor.

De certa forma, as invejamos. Gostaríamos de poder ser como elas.

Em verdade, podemos. Existem pequenas regras que, se observadas, nos auxiliarão a construir essa segurança íntima.

Primeira: comecemos a edificação da paz em nós, observando que precisamos pensar por nós mesmos, embora as influências das ideias alheias.

Segunda: aceitemo-nos como parcelas da imensa família humana, verificando que os nossos percalços não são maiores que os dos outros.

Terceira: compreendamos que, por sermos Espíritos imperfeitos, não estamos isentos de cometer determinados erros. Erros que nos devem convidar a parar e reexaminar ações.

Quarta: aprendamos que a estrada dos nossos entes queridos pode ser muito diferente da nossa. Não desejemos para eles o que a vida não lhes oferece.

Quinta: saibamos zelar pela condução da nossa vida, sem interferir na do próximo, desde que cada viajor, no carro da existência, tem seu próprio roteiro.

Sexta: auxiliemos os familiares, nos contratempos que lhes surjam, assim como desejamos ser amparados, na nossa marcha.

Sétima: afastemo-nos dos julgamentos precipitados e das condenações indevidas.

Oitava: compreendamos que cada criatura é um ser individual, com seus anseios, compromissos, conquistas, virtudes e paixões, e nos abstenhamos de impor condições ou exigir que tenham conosco essa ou aquela postura.

Nona: reflitamos que compete a cada um de nós proteger seu próprio corpo.

Dessa forma, não provoquemos desastres que nos ameacem ou ameacem aos outros.

Respeitemos em cada ser vivo uma obra da Criação.

Optemos pela simplicidade no cotidiano.

Estejamos atentos às pequenas coisas pois, em síntese, são elas que promovem a nossa felicidade hoje, e no futuro.

Construamos o nosso refúgio de serenidade, permitindo-nos usufruir das experiências, sem abalos que nos façam sucumbir à tristeza, desânimo ou desespero.

*   *   *

A serenidade não é uma aquisição espiritual que se possa conseguir num toque de mágica.

É fruto do trabalho perseverante da paciência em ação.

É fruto da constância nos bons pensamentos, nos bons propósitos, do exercício das boas ações.

Ninguém possui a serenidade que não construiu.

Por isso, é necessária a vigilância em nós mesmos.

Não dramatizemos nossos problemas pessoais. Não sejamos arautos de calamidades e desgraças.

Protejamos nossos ouvidos do veneno dos boatos. Aprendamos a ouvi-los e esquecê-los, não nos permitindo passar adiante, porque a ninguém beneficiam.

Ante pressentimentos de ocorrências infelizes, silenciemos.

Sirvamo-nos da oração e vibremos pela nossa e pela paz alheia.

Adquiramos segurança íntima, a pouco e pouco. Serenidade para nosso viver.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Segurança íntima e no cap. Mantendo a serenidade,
 do livro Calma, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
 de Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM.
Em 22.7.2022.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998