Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone Vítimas das ilusões

Quando julgamos infalível a nossa razão, estamos bem perto do erro, pois geralmente nosso juízo é apressado, parcial e muito limitado.

Observando a nossa sociedade, podemos perceber que a grande maioria de nós está sob a influência de algum tipo de ilusão.

A ilusão da eterna beleza física, por exemplo, é quase generalizada.

Os fabricantes de produtos criados com essa finalidade e os profissionais da área podem afirmar isso, de maneira espantosa.

Chega a tal ponto a preocupação com a beleza física que jovens, de pouco mais de vinte anos, estão desesperados por causa das rugas que poderão aparecer no futuro.

Por esse motivo, grande é a busca por produtos que evitem que as marcas de expressão se transformem em vincos na face.

Contudo, o tempo se encarregará de manifestar o desgaste natural que surge com o passar dos anos, triunfando sobre a ilusão da eterna juventude do corpo.

Sem dúvida, é louvável a possibilidade que os avanços científicos propiciam para que as pessoas se sintam bem.

A estética surge justamente para trazer bem-estar e aumentar a autoestima, corrigindo esse ou aquele problema físico.

Todavia, acreditar que os recursos que ela oferece irão nos tornar jovens no corpo físico para sempre, é triste ilusão.

É reprisar a lenda da fonte da eterna juventude.

Outro tipo de ilusão é cogitarmos, baseados em certos discursos e promessas, que o governo possa resolver todos os problemas da nação, de forma milagrosa.

O sabor da desilusão, nesses casos, pode ser amargo e trazer consequências desastrosas, gerando desânimo ou revolta entre os que alimentamos essa ilusão.

A partir das malhas da ilusão, em que nos permitimos envolver, a indústria e o comércio investem pesado, oferecendo inúmeros disfarces.

São cintos para que a silhueta pareça mais delineada. Produtos de toda espécie para manter a pele jovem.

Iludidos... Ilusões...

Alguns de nós nos iludimos sobre o próprio caráter. De tanto mentir acabamos por acreditar nas mentiras que inventamos.

E, ainda, acreditamos que os outros são tolos a ponto de não perceberem que mentimos. Mesmo perante as câmeras, em declarações públicas, continuamos afirmando que estamos dizendo a verdade.

São infindáveis as ilusões que muitos de nós criamos e alimentamos.

Acreditarmos que somos os donos da verdade, que sabemos tudo sobre tudo, que podemos opinar a respeito de qualquer coisa, é outra grande ilusão.

Isso somente poderá ser solucionado quando quisermos, pois é uma questão de foro íntimo e exige reflexão séria e isenta de prevenção.

O primeiro passo é abandonar a ideia de que nossa razão é infalível.

Em seguida, pensar um pouco mais sobre essa questão.

Buscar refletir sobre os caminhos que escolhemos e observar a direção que tomamos.

Retirar do olhar o véu das ilusões e seguir a passos firmes no rumo da felicidade sem disfarces e sem fantasias.

Na direção da felicidade efetiva, que só a realidade pode nos oferecer.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.
Em 31.1.2023.

 

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