Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Facetas do amor

De todos os sentimentos, o amor tem sido, ao longo do tempo, aquele com o qual o homem mais tem se envolvido.

Também aquele a respeito do qual tem mais se equivocado sobre seu real significado.

Os gregos tinham diversas palavras para definir o amor.

Eros, por exemplo, expressava o sentimento de atração sexual e desejo ardente.

Para designar a afeição, sobretudo entre os familiares, serviam-se do vocábulo storgé.

Para o amor condicional, aquele do tipo Eu faço o bem a você e você faz o bem a mim, eles se serviam da palavra philos.

Para designar o amor incondicional, aquele que nada pede em troca, utilizavam ágape.

Mais do que exatamente um sentimento, tem a ver com comportamento, com ações.

Foi aquele que lecionou Jesus. Profundo conhecedor da alma humana, tinha ciência plena de que não se podia ordenar a outrem que tivesse determinado sentimento.

Assim, se torna perfeitamente coerente o amor a si mesmo e ao próximo.

Amar a si mesmo é respeitar o próprio corpo, zelando por ele, não dilapidando o patrimônio da saúde.

É ter o cuidado de não lhe impor alimentos em excesso a fim de não o sobrecarregar, tanto quanto não ingerir o que lhe faça mal.

É zelar pela própria condição espiritual, alimentando a mente com elementos positivos para o seu crescimento.

Como consequência natural, zelar pela saúde do próximo, o que desce a detalhes pequenos como manter a limpeza da cidade, preservar o meio ambiente, não desperdiçar água.

Manter o automóvel em condições adequadas, a fim de que não se torne veículo poluente do ar que todos necessitamos respirar.

Dirigi-lo com cuidado, para não ser causador de acidentes que destroem vidas.

Quanto ao amor aos inimigos, dos mais simples casos aos mais complexos, a recomendação é não retribuir em moeda maldosa.

O ágape é paciente, bom, não é arrogante, não deseja tudo para si. Tudo suporta, tudo aguenta.

Esse amor não se vangloria, não se comporta de forma inconveniente, a ninguém condena por um erro cometido.

Traduz-se, enfim, por paciência, bondade, humildade, respeito, generosidade, perdão, honestidade, confiança.

Em se falando de amor aos inimigos, entendemos que Jesus lecionava que, para as pessoas ruins, as nossas ações devem ser no sentido de não lhes retribuir o mal que nos façam.

Mais: de não nos sentirmos felizes, quando a desgraça os atinge, pensando que esse momento seja o de tripudiar sobre a infelicidade alheia.

Mesmo para quem nos puxa o tapete, quem nos rouba a namorada, o cargo, a nossa ação deve se dar no sentido de não agir da mesma forma.

Viver é um grande desafio. Conviver com os demais, auxiliarmo-nos mutuamente, colaborar e crescer juntos requer exatamente esse amor prescrito por Jesus.

Esse amor-ação, amor-comportamento.

Se não agirmos assim, estaremos fadados à infelicidade, à dificuldade de progresso, a muitos fracassos e à destruição de nós mesmos.

Aprendamos, pois, amar a nós mesmos, ao nosso próximo, a quem não nos quer bem, a quem nos faz mal.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 4, do
livro
O monge e o executivo - uma história sobre a
essência da liderança, de James C. Hunter, ed. Sextante.
Em 5.1.2022.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998