Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone Como criar um delinquente

 Quando se fala em delinquência, muitos pais sofrem só em pensar no que esse termo representa.

Alguns de nós pensamos e repensamos em como pode uma criança cordata, amável durante a infância, tornar-se um delinquente na adolescência ou na juventude.

Nós não nos damos conta que somos, enquanto educadores, muitas vezes os responsáveis pela delinquência que vige no mundo.

O Departamento de Polícia de Houston, Texas, elaborou uma lista enumerando algumas maneiras fáceis de como criar um delinquente. A lista é a seguinte:

1 - Comece, na infância, a dar ao seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja.

2 - Quando ele disser palavrões, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.

3 - Nunca lhe dê orientação religiosa. Espere até que ele chegue aos vinte e um anos, e "decida por si mesmo".

4 - Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo por ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.

5 - Discuta com frequência na presença dele. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.

6 - Dê-lhe todo o dinheiro que quiser. Nunca o deixe ganhar seu próprio dinheiro. Por que terá ele de passar pelas mesmas dificuldades que você passou?

7 - Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. (Negar pode acarretar frustrações prejudiciais).

8 - Tome o partido dele contra vizinhos e policiais. (Todos têm má vontade para com o seu filho).

9 - Quando se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: "Nunca consegui dominá-lo."

Aja assim e prepare-se para uma vida de desgosto. É o seu merecido destino.

*   *   *

Quando nos queixamos do desgosto por que nos fazem passar os filhos, normalmente esquecemos todos esses detalhes enumerados pela polícia de Houston.

Enquanto ainda são crianças, imaginamos que jamais venham a delinquir. Em verdade é esse o nosso mais profundo desejo.

No entanto, é bem possível que nos equivoquemos procurando acertar. Procurando fazer o melhor para esses seres tão queridos aos nossos corações.

Se temos a intenção de fazer de nossos filhos cidadãos responsáveis e dignos, comecemos a prestar mais atenção na forma de educação que lhes damos.

Ensinar-lhes a tolerar frustrações, estabelecer regras a serem respeitadas, limites a serem observados, é sempre importante.

Consideremos que nossos filhos são Espíritos reencarnados e como tais, trazem consigo a bagagem de erros e acertos conquistados ao longo das existências.

Consideremos, ainda, que todos nascemos para galgar degraus na escala evolutiva e sejamos os impulsionadores daqueles a quem Deus nos confiou a educação.

Dessa forma, de nada teremos que nos arrepender mais tarde.

*   *   *

É na adolescência que o Espírito retoma a bagagem de experiências acumuladas ao longo da sua caminhada evolutiva.

É que na adolescência o corpo e o psiquismo já estão preparados para receber essas informações.

Não é outro o motivo pelo qual muitos pais desconhecem os filhos, que passam a ser outra pessoa, dizem, quando chegam à adolescência.

Até aos sete anos de idade a criança é mais suscetível aos ensinamentos.

Por isso devemos nos esmerar para dar-lhes uma educação efetiva, de forma que esta possa suplantar as informações equivocadas que porventura traga o nosso filho, de existências anteriores.

Redação do Momento Espírita, com base em mensagem volante atribuída à polícia de Houston, Texas.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 3, ed. Fep.
Em 27.06.2011.

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