Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone O mundo tem sede de amor
 

O mundo tem sede de amor!

Quando se despedem da Terra pessoas que simbolizam o amor ao próximo, e o Mundo inteiro verte as lágrimas quentes dos adeuses, é hora de nos determos um pouco para ouvir os apelos da Humanidade.

Não importa a classe social, a condição financeira, a raça, a religião, a nacionalidade, todos, unidos pelo sofrimento, param para prestar uma última homenagem.

Os olhares se encontram, rompem-se as barreiras do preconceito, e um grito surdo explode, em comovente apelo silencioso, clamando por paz, por justiça, fraternidade, solidariedade, amor!

Diante do esquife frio, sente-se que as esperanças se apagarão, assim como as flores que o recobrem estarão murchas dentro de poucas horas.

Parece que tudo não passou de ilusão, que todos os sorrisos, os abraços, a alegria de viver, encontraram o fim no túmulo sombrio.

Todavia, quando a morte cobre com seu manto escuro os olhos físicos, a imortalidade se abre no mais além, gloriosa, descortinando outros panoramas para novas realizações.

A vida segue estuante e bela.

A esperança não cessa com o fim de uma existência.

O Espírito sai do corpo, sem sair da vida, e se é bom, vai se juntar aos demais lidadores da caridade no hemisfério espiritual, dando seguimento às suas atividades.

Aqueles que na Terra sentiram os afagos desse amor, e que já se encontram no plano espiritual, os recebem jubilosos, felizes por tê-los junto outra vez.

As almas caridosas não deixam de o ser porque se libertam do corpo físico, pois a caridade é atributo do Espírito imortal, e não do corpo. Eles deixam a existência terrena mas não abandonam a boa luta.

E para que suas existências tenham valido a pena, é importante que saibamos entender as lições vivas exemplificadas em cada palavra, em cada sorriso, em cada gesto de ternura.

É importante que saibamos ler, no livro da vida, cada página grafada com carinho, fé, disposição e coragem.

Se a pessoa mostra ao Mundo, com humildade, o verdadeiro amor ao próximo, ninguém lhe pergunta qual é sua bandeira religiosa, sua nacionalidade, sua cor, sua raça.

Tão somente é respeitada, porque o Mundo tem sede de amor.

Tantos foram os homens e mulheres que marcaram as estradas terrestres com suas pegadas de luz e seguem no além a ajudar tantos quantos necessitem de seu amor.

Os verdadeiros sábios sempre se preocuparam em deixar uma equipe treinada para levar avante a bandeira da fraternidade que eles ostentavam enquanto encarnados sobre a Terra.

Assim, ao contrário do que pensam alguns, a esperança não vai sepultada com os corpos, mas vive com os que sabem entender a mensagem e levá-la adiante.

*   *   *

Cada Espírito assumiu uma missão individual antes de renascer, visando a própria redenção e, por conseguinte a evolução da Humanidade.

Uns nascem apenas para romper com os preconceitos raciais do seu povo.

Outros, sem medo de curvar-se ante a miséria alheia, rompem os protocolos e as convenções sociais, mostrando ao Mundo que vale a pena lutar por dias melhores.

Tantos nascem tão-somente para exemplificar o amor ao próximo.

Alguns ficam famosos, mas grande é o número daqueles que vêm e vão no mais absoluto anonimato, deixando apenas o rastro de luz por onde passam.

Nesse contexto, não podemos esquecer do exemplo máximo de abnegação que foi Jesus de Nazaré. Ele foi o primeiro mensageiro do amor encarnado sobre a Terra sofrida. Depois Dele, a Humanidade jamais foi a mesma.

E Ele, que jamais nos abandona, constantemente envia Seus anjos para manter acesa a chama da esperança em nossos corações.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 08.02.2008.

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