Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone Crimes premeditados
 

Há algum tempo, as manchetes trouxeram notícias de um crime bárbaro, premeditado por longos anos.

Estamos falando de um crime hediondo, tecnicamente chamado Pena de morte.

Apesar de o mundo inteiro ter pedido clemência para Karla Tucker, o Conselho de Perdão do Texas não a concedeu.

Karla, dependente de drogas, juntamente com seu namorado, assassinou um casal em Houston, no ano de 1983.

Diante de tal situação, vale a pena reflitamos um pouco sobre o assunto.

Devemos nos questionar, considerando alguns aspectos, qual dos dois crimes é o mais cruel.

Se um duplo homicídio praticado por um delinquente num momento de desespero, ou um crime praticado pelo Estado, que deveria proteger e amparar seus cidadãos.

Enquanto Karla era, inquestionavelmente, necessitada de tratamento e correção para ser reintegrada à sociedade, o Estado é o órgão que deveria lhe conceder essa oportunidade.

Karla estava doente. Era dependente de drogas e drogada agiu como monstro, num assalto que tirou as vidas do casal de quem pretendia conseguir dinheiro para pagar os traficantes.

Por sua vez, os homens da lei, do conforto de seus gabinetes de luxo, premeditaram por 14 anos a execução de Karla, com requinte de detalhes.

O que é mais hediondo?

Quem terá maiores atenuantes diante das Leis Divinas?

Quando o Governo mata seus cidadãos, perde a autoridade para evitar que os cidadãos matem.

Algumas pessoas certamente dirão que o Governo está respaldado nas leis, mas, quem é que faz as leis?

É, no mínimo, difícil de entender que, ainda na atualidade, a execução de um delinquente seja a única saída.

Será que não se tem uma opção para educar e reabilitar os seres, ao invés de eliminá-los?

Pensemos a respeito da Pena de morte.

Não manchemos as nossas consciências com tamanha crueldade. Afinal, Deus não quer a morte do pecador, mas a sua reabilitação.

*   *   *

Ao invés de uma injeção letal para paralisar o coração dos delinquentes, por que não injetar uma dose de amor fraternal nesses corações endurecidos pela própria indiferença da sociedade em que vivem?

Certo dia, num acontecimento que se perde na noite do tempo, uma mulher fora condenada à morte por crime de adultério.

Esperava, entre o medo e o desespero, a lapidação em praça pública.

Mas um Homem singular, detentor da verdadeira sabedoria, interveio a seu favor. Aproximou-Se e começou a escrever no chão os pecados de cada um dos justiceiros, e em seguida falou:

Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.

A História registra que aqueles homens foram se retirando, um a um, a começar pelos mais velhos.

Mas o sábio, que estava isento de pecados, também não lhe atirou nenhuma pedra. Pelo contrário, recomendou que ela se fosse e não reincidisse no erro, ao que ela obedeceu.

Esse sábio, a quem nos referimos, é Jesus de Nazaré, o Cristo que a maioria dos homens diz seguir, na qualidade de cristãos.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita
Em 05.06.2009.

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