Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone O papel da família
 

A instituição da família é universal.

Malgrado possua diferentes conformações, marca presença em todos os lugares do mundo.

Esse cunho de universalidade indica que ela tem um papel a desempenhar, no concerto da Criação.

Entretanto, é comum a afirmativa de que a instituição familiar está em crise.

Há quem diga que família é bom apenas para visitar, de quando em quando.

Outros sustentam que a família é algo lindo, mas somente no porta-retrato.

E realmente não é possível ignorar que as maiores crises de relacionamento ocorrem no seio familiar.

Muito provavelmente é porque nesse meio é que muitos se permitem mostrar os próprios defeitos, sem qualquer disfarce.

No ambiente profissional, isso é notoriamente impossível.

Caso alguém se mostre intolerante, preguiçoso ou arrogante, na seara profissional, sofrerá sérias consequências.

Se não perder o emprego, terá dificuldades para fazer a carreira avançar.

No meio social, também, todos procuram domar seus vícios, a fim de serem bem vistos.

O interesse ou a necessidade levam ao burilamento forçado do comportamento, nesses ambientes.

Como ninguém é obrigado a nos tolerar, no trabalho ou na sociedade, torna-se necessário algum esforço para ser agradável.

Já em família muitas vezes não há o mesmo interesse em tornar afável a própria personalidade.

Muitas pessoas são generosas com meros conhecidos ou com completos estranhos mas se revelam mesquinhas com os parentes.

Ante tão estranho quadro, surge a dúvida quanto ao papel da família.

Na verdade, a família representa uma escola, na qual se aprende a amar.

Jesus afirmou que toda a Lei Divina resume-se em amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Consequentemente, a prática dessa Lei pressupõe aprender a amar.

O Cristo é nosso Maior e mais Sublime exemplo de Amor.

Ele ama a Humanidade toda, embora os inúmeros defeitos que ainda nos caracterizam.

O Mestre afirmou que somos todos ovelhas de Seu rebanho e que nenhum de nós se perderá.

Malgrado nossa indigência espiritual, Ele cuida de cada um de nós, com a ternura de um pai extremado.

Por certo, ainda somos incapazes desse amor universal e incondicional.

Mas, é no ambiente familiar que damos os primeiros passos nessa arte que é o amor.

No lar, ligamo-nos por fortes laços com pessoas possuidoras dos mais diferentes caracteres.

Temos afinidades com alguns, mas outros apenas nos irritam.

Essa mistura heterogênea de personalidades não deixa de ser explosiva.

Mas como não é possível deixar de ser filho ou irmão de alguém, a convivência vai gradualmente aparando as arestas.

Assim, é importante esforçar-se para amar e conviver com a própria família.

Procurar mostrar-se generoso e compreensivo com os defeitos e as diferenças dos familiares.

Domar os próprios vícios, de molde a tornar a própria presença leve e benfazeja aos parentes.

Compreender, finalmente, que a vida é uma escola e que a família é a nossa sala de aula.

A Divindade nos coloca no seio da família para que aprendamos a sublime lição do amor fraternal.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita
Em 08.03.2010.

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998