Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone Carma e destino
 

Você já ouviu alguém pronunciar a palavra carma?

É bem provável que sim, pois está se tornando comum as pessoas se utilizarem desse termo para definir a ideia de um peso que carregam sobre os ombros, do qual não encontram a causa na presente existência.

E também é comum o entendimento de carma como sendo sempre algo negativo, desagradável.

Todavia, nas filosofias da Índia, o carma representa o conjunto das ações dos homens e suas consequências, que tanto podem ser boas quanto más.

A Doutrina Espírita entende essas ações dos homens e suas consequências como a Lei de ação e reação, ou de causa e efeito.

Tomando de um ensinamento do Cristo compreenderemos melhor essa filosofia.

Jesus afirmou que chegaria um momento em que teríamos que prestar contas dos nossos feitos e que, nesse momento, receberíamos segundo nossas obras.

Ao trabalhador dedicado, um salário justo, ao mau trabalhador, o salário correspondente.

Fica claro, portanto, que cada um é arquiteto do seu próprio destino e receberá da vida tudo o que a ela oferece, ou já tenha oferecido em outras existências.

Assim, a roda da vida gira e devolve, no endereço certo, tudo que recebe das criaturas. É assim que funcionam as Leis Divinas.

Não há um velho de barbas brancas sentado com um cajado na mão, indicando qual dos Seus filhos deverá sentar-se à sua direita ou à sua esquerda. Há Leis estabelecidas pelo Criador do Universo nas quais estamos todos inseridos.

Fomos criados para a perfeição. A isso Jesus também Se referiu quando falou de forma imperativa: Sede perfeitos como perfeito é vosso Pai que está nos céus.

Portanto, nenhum de nós está relegado à própria sorte e, muito menos, sujeitos a um destino caprichoso, que ora nos premia com momentos felizes, e ora nos castiga com dores e amarguras.

Todas essas circunstâncias fazem parte de um plano superior para nossa autoiluminação, visando sempre a perfeição relativa que cabe a cada filho de Deus.

É essa roda da vida que gira e nos faz adquirir experiências importantes e indispensáveis ao nosso crescimento para Deus.

Portanto, carma significa, em última análise, a Lei de ação e reação ou de causa e efeito.

E, ainda segundo Jesus, a semeadura é livre e a colheita, obrigatória

Se plantamos flores, por certo colheremos beleza e perfume.

Mas se a nossa semeadura for de espinhos, não poderemos esperar outra safra, senão a de espinheiros.

Conforme afirma a sabedoria popular, quem semeia ventos, colhe tempestade...

Por essa razão, estejamos seguros de que não recebemos nada além do que fizemos por merecer, tanto no campo das alegrias quanto das tristezas.

E não nos esqueçamos de que os planos do Criador para todos nós são os da felicidade suprema, que deverá ser conquistada individualmente, a fim de que possa também influenciar a Humanidade inteira.

*   *   *

Ninguém fugirá ao doloroso trabalho individual de recomposição dos elos quebrados, na corrente universal da harmonia.

Redação do Momento Espírita com informações colhidas
 no verbete Recomposição, do livro Dicionário da
alma, por Espíritos diversos, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed.Feb.
Em 19.07.2010.

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