Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
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ícone Nome escrito no céu
 

É comum ouvir-se alguém reclamar de que está sempre sendo chamado a amparar o semelhante.

Esse apelo ao serviço do bem pode dar-se nos mais variados ambientes.

Entre os familiares, é invariavelmente o eleito para amparar os parentes mais pobres, idosos ou enfermos.

No trabalho, é quem elegem para tratar com um colega mais raivoso ou mal-humorado.

Ou então são os pedintes que a ele se dirigem com uma notável frequência.

O eleito constantemente para o serviço de socorro nem sempre entende ou gosta do que ocorre.

Mas há uma passagem evangélica que pode auxiliar a compreender esses eventos.

Nela, Jesus enviou em missão setenta discípulos, dois a dois, para os mais variados locais.

Eles retornaram jubilosos, por tudo o que tinham conseguido fazer em nome do Senhor.

Mas o Cristo disse que não deveriam se alegrar porque até os Espíritos se lhes sujeitavam.

Sua alegria deveria provir de estarem os seus nomes escritos nos Céus.

A respeito dessa passagem, a Espiritualidade Superior dá uma tocante explicação.

Segundo ela, no plano espiritual há o cuidado de observar o comportamento dos homens.

Às vezes se identifica alguém que exerce a caridade, é útil, ama  ou se afervora no cumprimento do dever.

Então, por ordem do Senhor da Vida, o nome desse homem é anotado pelos Bons Espíritos.

Em caso de emergência, eles sabem a quem pedir ajuda.

Quando alguém necessita de amparo, inspiram-no a se acercar do ser humano que já aprendeu a ser solidário.

Os enfermos, os pobres e os deserdados do mundo sempre carecem de apoio e compreensão.

Os que portam desequilíbrios emocionais significativos também necessitam de quem os ouça com gentileza.

Ocorre que não são os saudáveis que precisam de remédio, mas os enfermos.

Desse modo, a criatura com condições íntimas favoráveis costuma ser chamada a prestar o seu auxílio a esses irmãos necessitados.

É mediante ela que a Providência Divina se manifesta na Terra.

Convém refletir sobre isso, antes de reclamar quando alguém pede algum auxílio.

Talvez esse pedido signifique que o seu nome foi escrito no livro dos Céus.

Trata-se de uma ocorrência que merece ser festejada, jamais lamentada.

É um júbilo ser considerado digno do bom combate.

Entre tantos que ferem e sofrem, constitui uma bênção possuir condições de ajudar.

Entretanto, se ainda não desenvolveu o hábito de ouvir, auxiliar e compreender, pode começar agora.

Disponha-se intimamente a trabalhar no bem e lentamente as oportunidades aparecerão.

Descubra o prazer de ser instrumento da Misericórdia Divina na Terra.

Quando o trabalho crescer a sua volta, quando você for chamado incessantemente a se doar, alegre-se.

Seu nome foi escrito no livro dos Céus!

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 21 do livro O semeador de estrelas, de Suely Caldas Schubert, ed. Leal.
Em 09.05.2011.

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