Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
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ícone Banquete dos publicanos

Na narrativa evangélica, dois banquetes de que Jesus participou despertam atenção.

Um deles, muito famoso, consiste na última ceia com os Apóstolos.

Trata-se de evento que se revestiu de singular importância.

Nele, Jesus revela o caráter sublime de suas relações com os amigos de apostolado.

Foi um ágape íntimo e familiar, solenizando despedida afetuosa e divina, ao mesmo tempo.

No entanto, é conveniente recordar que o Mestre atendeu a esse círculo em derradeiro lugar.

Ele já se havia banqueteado carinhosamente com os publicanos e os pecadores.

Partilhava a ceia com os discípulos, em um dia de alta vibração religiosa.

Mas antes comungara o júbilo daqueles que viviam à distância da fé.

Reunira-os, generoso, e conferira-lhes os mesmos bens nascidos de Seu amor.

De maneira geral, a comunidade cristã ainda não percebeu toda a significação do banquete do Mestre, entre publicanos e pecadores.

Mas esse festim possui especial significado, na história do Cristianismo.

Segundo o Evangelho, ao passar perto da alfândega, Jesus viu um homem chamado Mateus.

Chamou-o e ele O seguiu.

Mais tarde, estando ambos sentados à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores.

Todos se sentaram junto com o Senhor e Seus discípulos.

Ao verem a cena, os fariseus indagaram aos Apóstolos a razão pela qual Jesus comia com publicanos e pecadores.

O próprio Cristo respondeu que os sãos não necessitam de médico, mas sim, os doentes.

Com isso, demonstrou que abraça a todos os que desejam a alimentação espiritual nos trabalhos de Sua vinha.

Sinalizou que não só nas ocasiões de fé permanece presente entre os que O amam.

Em qualquer tempo e situação, está pronto para atender às almas que O buscam.

Em alguns meios religiosos, parece haver certa tendência em considerar menos importantes as atividades do mundo.

Neles se entende que o homem se encontra com Deus no templo ou na igreja.

Entretanto, o serviço Divino está em todo lugar.

O empresário honesto, em seu labor, está na presença de Deus.

O professor, ao ensinar com dedicação e responsabilidade, também está em contato com o Divino.

Do mesmo modo, a mãe, ao cuidar de seus filhos.

Não há como cindir a vida em duas.

Uma sem responsabilidades definidas para com o bem e o belo.

E outra, momentânea e restrita, na qual a criatura se preocupa com sua alma imortal.

Jesus Se banqueteou primeiro com os considerados profanos.

Com isso, sinalizou a importância de que se cuide muito bem dos deveres comezinhos do mundo.

É inútil buscar o Divino, com esquecimento das tarefas básicas da vida.

Para ser bom cristão, é preciso ser bom pai, filho, profissional, esposo e cidadão.

Pense nisso.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 137, do livro
Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em  18.09.2012.

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