Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
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ícone Rabi da Galileia

A cidade de Jerusalém se estendia magnífica nas montanhas, entre o Mar Mediterrâneo e o norte do Mar Morto. Era primavera e os muros que a protegiam estavam tomados por flores multicoloridas.

Nas ruas, o povo ocupava-se de seus afazeres. O burburinho incessante da população contrastava com o silêncio bucólico do deserto que a rodeava.

Contudo, naquele dia, algo estava dissonante da rotina da cidade. Um aglomerado de pessoas reunia-se em torno de uma figura peculiar, que pregava nas escadarias do templo.

Sua fala era grave. Logo se via que Ele tratava de assuntos de suma importância. Porém, Seus olhos eram ternos e transmitiam uma serenidade capaz de apaziguar os mais revoltos corações.

Aqueles que O escutavam, facilmente nEle reconheciam uma admirável fortaleza: Vinde a mim vós que estais cansados e eu vos aliviarei.

NEle encontravam respostas para as questões profundas: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. E também esperanças de dias melhores: Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.

Alguns o chamavam Rabi, palavra judaica cujo significado é professor, mestre. Outros o consideravam um agitador público, cujas ideias revolucionárias deveriam ser combatidas.

A verdade era que esse galileu, filho de um carpinteiro e de uma dona de casa, era ciente, desde a mais tenra idade, de Sua missão para com o nosso planeta.

Em torno dos trinta anos, conforme os relatos evangélicos, convocou doze companheiros para que, junto dEle, pudessem levar a mensagem consoladora de Seu Pai.

Falou com simplicidade, levou esperança aos aflitos, curou os doentes. Estendeu a mão para os marginalizados, secou lágrimas, saciou a fome do corpo e, principalmente, da alma.

Ensinou a orar de maneira a conjugarmos menos o verbo pedir e mais o agradecer: Pai nosso que estais no céu...

Aconchegou as crianças em Seu colo e orientou a que tornássemos nossos corações semelhantes aos delas, pois que, se agíssemos com a pureza e a simplicidade das criancinhas, conheceríamos o Reino dos Céus.

Ensinou a importância de não julgar. Antes, a de agir de acordo com a lei de caridade: O que fizerdes ao menor dos meus irmãos, a mim o fazeis.

Recomendou, ainda, a vigilância, para que não acabemos por sucumbir através das tentações oriundas dos vícios morais que ainda trazemos em nosso íntimo.

Doou-se inteiramente à Humanidade. Entretanto, vítima inocente do orgulho e da mesquinhez humana, foi-Lhe destinado o madeiro da cruz, que aceitou resignadamente.

Antes, todavia, deixou-nos a maior lição acerca do perdão, quando, num gesto de total doação, perdoou seus algozes: Pai, perdoai-os. Eles não sabem o que fazem.

Seu nome é Jesus Cristo. Filho de Maria e de José, filho de Deus Pai. Irmão de toda a Humanidade e de cada um em particular.

É Ele o Mestre Divino, o melhor amigo, Aquele que permanece ao nosso lado, auxiliando-nos na caminhada que nos conduz a Deus, à luz, à eterna felicidade.

Mais de dois mil anos depois, o convite se repete: Eis que estou à porta e bato.

Teremos coragem para abrir as portas de nossos corações e permitir que nele o Bondoso Amigo faça morada?

Pensemos nisso!

 Redação do Momento Espírita.
Em 20.4.2020.

 

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