Momento Espírita
Curitiba, 20 de Abril de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Intimidade

O psiquiatra americano Howard Cutler, na obra A arte da felicidade, que assina juntamente com o líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, afirma que, praticamente, todos os pesquisadores no campo dos relacionamentos humanos, concordam que a intimidade tem importância crucial em nossa existência.

Concordando com essa ideia, o psicanalista budista, John Bowlby, escreveu que as ligações íntimas com outros seres humanos são o eixo em torno do qual gira a vida de uma pessoa. Dessas ligações íntimas, a pessoa extrai sua força e seu prazer de viver. E, através de suas contribuições, essa pessoa transmite força e prazer de viver aos outros.

Está claro que a intimidade promove o bem-estar físico e psicológico.

Ao examinar os benefícios à saúde, proporcionados por relacionamentos íntimos, pesquisadores em medicina concluíram que aqueles que têm boas amizades, pessoas a quem podem recorrer em busca de apoio, solidariedade e afeto, têm maior probabilidade de sobreviver a desafios de enfermidades, como ataques cardíacos e cirurgias de grande porte, e têm menor chance de apresentar doenças como o câncer e infecções respiratórias.

Essas constatações valem igualmente para a saúde emocional, considerando que o Espírito é sempre a fonte de todo bom ou mau funcionamento orgânico.

Dessa forma, aquele que mantiver laços equilibrados com outras pessoas também viverá mais feliz, mais animado, mais esperançoso.

É simples de entender: somos almas sociais, inseridas na lei de sociedade, que nos mostra a necessidade do convívio com o próximo para a permuta de energias, de sentimentos que, acima de tudo, levam a um lugar comum: à necessidade de nos amarmos uns aos outros.

O que Jesus trouxe há mais de dois milênios, através de palavras, de emoções e sentimentos, a ciência hoje começa a comprovar através da razão: que o amor é o sustentáculo de nossa integridade física e espiritual.

É essa a razão de ressaltarmos o valor da intimidade, de se estar em contato com os outros, de ouvir o que fala em seu íntimo e de revelar o que ecoa no nosso.

Precisamos aprofundar nossas relações.

As tribulações dos dias modernos nos fizeram escravos da correnteza, e conferiram às nossas relações um caráter extremamente superficial.

Isso precisa ser modificado.

Precisamos valorizar o diálogo fraterno, as conversas em que recebemos e damos conselhos aos amigos. Precisamos nos importar mais com os outros.

Com essas ações jamais estaremos sós, abandonados, pois em todos os momentos poderemos contar com alguém.

Alguém que nos conheça mais a fundo, e que estará de braços abertos para nos receber na intimidade de seu coração.

 Você sabia...

 que um estudo de mais de mil pacientes cardíacos, em uma Universidade americana, concluiu que aqueles que não tinham cônjuge ou algum confidente próximo, apresentavam uma probabilidade três vezes maior de morrer dentro de cinco anos após o diagnóstico da doença cardíaca, do que os que eram casados ou tinham um amigo íntimo?

É a ciência alcançando as profundezas do Espírito!

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. V do
livro A arte da felicidade, Dalai Lama
e Howard C. Cutler.
Em 17.12.2012.

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998