Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone Mortes de crianças

Se a morte é uma das dores que mais ferem o ser humano, quando se trata de crianças a questão assume um tom de maior sofrimento.

Vidas em flor, desabrochando, ceifadas e, algumas, de forma brusca. Acidentes no lar, no trânsito. Enfermidades que rompem de repente o fio da vida.

Quando o problema é observado exclusivamente do lado físico, parece um enigma de solução impraticável.

Entretanto, examinado do ponto de vista da imortalidade e do burilamento progressivo da alma, se poderá compreender.

Por vezes, é o Espírito que solicita conscientemente certas experiências, como a da enfermidade e da morte prematura. Ou então pode ser induzido a elas, dadas suas condições de Espírito em dívidas com a Lei.

Em termos de imortalidade, para melhor entendermos, poderíamos recorrer a uma imagem bem terrena. É comum alguém se vincular durante um determinado tempo a uma certa tarefa.

Encontramos amigos que efetuam longos cursos profissionais em lugares distantes de onde nasceram e outros que se afastam, por um prazo curto, da sua localidade para buscar especializações em outras paragens. Depois dos cursos, retornam ao local de origem.

Entendamos assim que alguns Espíritos vêm para a Terra por um período muito curto para um curso especial, findo o qual regressam à sua verdadeira pátria. A espiritual.

Por vezes, são Espíritos que vêm complementar vidas ceifadas prematuramente, por vontade própria, em encarnação anterior.

É o caso de suicidas conscientes ou inconscientes. Criaturas que cortaram a vida vêm completar os dias, meses ou breves anos que faltaram naquela vida anterior.

De outras vezes, são experiências que o Espírito solicita. Sempre, contudo, os pais, de alguma maneira, se encontram envolvidos.

No passado, terão contribuído para a loucura daquele ser ou se acham vinculados a ele por laços afetivos fortes, o que os credencia a recebê-lo na carne, agora.

Ainda pode ocorrer a reencarnação de Espíritos com missões específicas. Eles vêm, como uma brisa suave e vivem conosco um breve período. Vêm para reconciliação dos pais, para encaminhamento dos irmãos ou outros parentes.

Vivem e, ao partir, deixam um rastro de luz. São recordados como Espíritos amorosos e bons que só realizaram o bem.

E na vida espiritual? Continuam crianças? Depende das condições evolutivas do Espírito. Alguns reassumem a forma que tinham antes de reencarnar, isto é, a adulta. Mas uma grande maioria permanece como criança, por um tempo mais dilatado. Alguns, até o momento de tornarem a ingressar na carne, em nova reencarnação.

Os Espíritos dos que morrem em tenra idade são amparados por companheiros dedicados na Espiritualidade. Recebem tratamento, exercícios, lições e muito carinho. Os meninos mais crescidos ajudam os menores e são auxiliares de enfermeiras que a todos amparam, como sendo filhos do coração.

A melhor postura ante as mortes de crianças é a oração. Qual um telefonema sem fio a comunicação se faz, com serenidade e sem magoar os nossos pequenos.

Corações de pais, dilacerados pela dor da partida, o excelente lenitivo é se tornarem pais e mães de crianças órfãs. Poderão não levá-las para o lar, mas assisti-las onde se encontrem, em nome dos seus próprios e como se eles fossem.

Redação do Momento Espírita.
Em 19.12.2013.

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