Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone A violência

Um tema muito debatido nos dias atuais, é a violência.

Os meios de comunicação trazem, diariamente, reportagens, artigos, entrevistas, abordando o tema. Isso faz com que nos preocupemos e pensemos numa possível solução para o problema.

Mas, afinal de contas, quem promove tanta violência em nosso planeta?

Se alguém perguntasse se nós somos violentos, muitos responderíamos, sem mais delongas, que não.

Todavia, a violência não se resume apenas na crueldade das guerras, na brutalidade dos crimes contra os semelhantes. Ela também está nos mínimos acontecimentos do cotidiano.

Se observarmos atentamente os fatos corriqueiros do dia a dia, perceberemos outras tantas facetas da violência que, até então, não havíamos detectado.

No falar, no andar, nos pequenos gestos, o nosso corpo pode deixar à vista a violência que trazemos na intimidade.

A indiferença, o desleixo, a intolerância, a mentira, a impaciência são formas de violência que atingem os que vivem ao nosso derredor.

A indiferença com relação aos acontecimentos que nos dizem respeito, quer seja no lar, quer seja na sociedade que nos cerca, pode ser causa de violência que, embora não esteja evidente, dará ensejo a que ela se manifeste mais tarde.

O desleixo com as coisas que nos pertencem, ou com as obrigações que nos competem, pode ser fator a gerar a violência.

Um simples descaso com o veículo que conduzimos, a falta de revisão, as peças desgastadas favorecendo acidentes envolvendo-nos ou a terceiros, é violência.

O carro desregulado, espalhando fumaça no ar que os outros respiram, ou dificultando a visão dos demais motoristas, ou ainda, fazendo ruídos insuportáveis, são formas de violência.

A impaciência no trânsito, em nosso ambiente de trabalho, no lar, no lazer, geram situações desagradáveis que favorecem a violência.

Como podemos perceber, a violência tem muitas faces. Algumas manifestas e outras ocultas.

Vale a pena meditar sobre essas questões e repensar nosso conceito sobre o assunto. Observemo-nos e pensemos se não temos sido fomentadores da violência que tanto abominamos, sem nos darmos conta disso.

Se desejamos, sinceramente, construir um mundo pacificado, não basta apenas não praticar a violência. É preciso que alimentemos a paz onde quer que estejamos.

Porque, sendo o mal sempre audacioso, onde não há a serenidade, a paz, ele ali se instala.

Portanto, sejamos nós a disseminar a paz ao nosso derredor, evitando a ação nefasta da violência, seja em que nível for.

Agindo assim, estaremos contribuindo, efetivamente, para a construção de um mundo sem violência.

*   *   *

A flor, que rescende perfumes, identifica-se com o ar, como a agradecer a concessão da vida.

O homem, que conduz a paz como se fora uma lâmpada acesa sobre o coração, espalha tranquilidade onde quer que se encontre, e se identifica com o Senhor da Vida.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 6.1.2014.

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