Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
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ícone Por que tanto sofrimento?

As notícias nos chegam de roldão, pela TV, jornal, rádio, internet. No Nepal, terremoto de grandes dimensões deixou mais de sete mil mortos.

A capital, Katmandu, virou quase um cenário de guerra quando milhares de pessoas, com medo da falta de alimentos e sem suas casas, aguardavam ônibus para se retirarem do local.

Revolta, medo, desespero se uniram e levaram o povo a um confronto com a polícia, enviada ao local para tentar controlar a situação.

No Chile, depois de uma dormência de quase meio século, o vulcão Calbuco erupcionou, ocasionando degelos, que geraram o isolamento imediato de cidades vizinhas a bacias hidrográficas.

Uma nuvem de cinzas se espalhou pela região central do país e parte da Argentina, provocando o cancelamento de muitos voos. A coluna de material piroclástico alcançou dezessete quilômetros de altitude.

No oeste catarinense, um tornado deixou um saldo de dois mortos, cento e vinte feridos, mais de mil pessoas desabrigadas. Somam quase três mil as casas danificadas. Danos de tal monta que se estima em torno de um ano para a reconstrução da cidade.

Na capital de outro estado, após temporal, muita chuva, começaram os deslizamentos, que causaram a morte de treze pessoas. As perdas de vidas se somam às perdas materiais.

Tudo isso nos é informado com detalhes. As imagens televisivas mostram a destruição: a lava descendo pela encosta da montanha, a nuvem de fumaça, a chuva torrencial, os ventos que chegaram a trezentos e trinta quilômetros por hora.

Patrimônio construído em décadas reduzido a pó, em questão de poucos segundos.

E nos perguntamos por quê? Por que tantas calamidades? E, talvez porque as notícias nos chegam em tempo real, as catástrofes parecem estar ocorrendo em conjunto, explodindo dores por todo o mundo.

Jesus, em seu Sermão profético, alertou a respeito dessas dores que nos chegariam, anunciando o fim dos tempos.

Fim dos tempos de uma Terra ainda dominada pelo mal, surgindo outra, que caminha para a paz, o bem e o amor.

Por isso, exatamente como uma casa em reformas, onde o caos parece se instalar, tudo isso ocorre.

É o derrubar de um mundo velho, para a renovação.

Renovação dos seres que habitam a Terra, porque uns vão e outros retornam, pela reencarnação, substituindo aqueles.

Renovação das paisagens físicas, alterando a geografia, modificando o mundo material, como já ocorrido em outras épocas, no planeta.

Ante tudo isso, é de meditarmos: que estamos fazendo enquanto isso sucede ao nosso redor? Por vezes, até nos alcançando?

É tempo de pensar que somos perecíveis enquanto seres humanos. Que todo nosso patrimônio não é durável, senão enquanto se mantenham estáveis determinadas condições de terreno, clima.

Hoje despertamos e estamos vivendo na Terra. Amanhã, o panorama poderá ser outro. Poderemos estar no plano espiritual, arrebatados pela morte física.

Poderemos estar em outro local, nossos bens terem se dissipado como tempestade de areia, que vem, agride e passa.

Pensemos nisso. E invistamos mais em nós mesmos. Cultivemos a inteligência, o bem, a moral e a ética.

Somos frágeis demais, neste planeta, para nos arvorarmos em nos mantermos em soberba, orgulho e egoísmo.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 1.7.2015.

 

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