Momento Espírita
Curitiba, 23 de Abril de 2024
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Um dia, cinco alunos foram submetidos a uma experiência curiosa.

Todos, de olhos vendados, foram conduzidos para perto de um animal a fim de identificarem suas características.

O primeiro passou vagarosamente as mãos nas orelhas do bicho e falou convicto: É algo espalhado, como um tapete.

O segundo aproximou-se, esticou o braço, pegou na tromba e exclamou: É uma coisa comprida e redonda, deve ser uma jiboia.

Tocando demoradamente uma das pernas do animal, o terceiro falou convicto: Isto não é um animal, é um tronco de árvore.

O quarto aluno apalpou por várias vezes uma das presas e disse: Ah, isto não é um tronco, mas sim uma lança, muito pontiaguda.

O quinto e último, por sua vez, exclamou com segurança, tocando o rabo do animal: Definitivamente isto é apenas uma corda muito fina!

E porque não entrassem num acordo, os alunos começaram uma discussão acalorada. Afinal, todos eles haviam tocado o animal com as próprias mãos, e por esse motivo, cada um tinha seu próprio ponto de vista.

Para acalmar os ânimos, o professor falou com firmeza:

Cada um de vocês está certo, mas cada um está errado também.

Todos querem defender o seu ponto de vista mas não querem admitir que o outro possa estar com uma parcela da verdade.

Ato contínuo, tirou as vendas dos jovens e todos puderam contemplar o enorme elefante e perceber que todas as opiniões tinham seus fundamentos.

*   *   *

Grande parte dos desentendimentos entre as pessoas, na vivência diária, é resultado de cada um defender o seu ponto de vista sem se permitir ver as coisas sob o ponto de vista do outro.

Todos querem ter razão, sem abrir mão da sua verdade.

No entanto, tudo seria mais fácil se admitíssemos a possibilidade de o outro estar certo.

As pessoas são individualidades que trazem consigo possibilidades muito próprias no entendimento das coisas e situações.

Por essa razão, não podemos exigir que os outros vejam com os nossos olhos, nem que pensem com a nossa mente.

Se todos compreendêssemos esses detalhes importantes na vida de relação, certamente evitaríamos grande parcela de dissabores e discussões inúteis.

*   *   *

Todas as flores são flores, mas o gerânio não tem as características do cravo e nem a rosa as da violeta.

Todos os frutos são frutos, mas a laranja não guarda semelhança com a pera.

Além disso, cada flor tem o seu perfume original, tanto quanto cada fruto não amadurece fora da época prevista.

Assim também é com as criaturas.

Cada pessoa respira em faixa diversa de evolução.

É justo que nos detenhamos na companhia daqueles que sentem e pensam como nós, entretanto, é caridade não violentar a cabeça daqueles que não comungam das nossas ideias.

Pensemos nisso!

Redação do Momento espírita, com base no cap. Os cegos e o elefante,
de O livro das virtudes, v. II,  de Willian J. Bennett, ed.Nova Fronteira
  e no cap. 3 do livro Ceifa de luz , pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 17.05.2010.

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