A palavra confiança origina-se do latim confidere - acreditar plenamente, acreditar com firmeza.

Essa, por sua vez, é formada pelo intensificador com mais a palavra fidere - acreditar, crer - que deriva de fides - fé.

Confiar, portanto, é a manifestação da fé em algo, em alguém, em sua máxima expressão.

E quando nos referimos à confiança em Deus?

Davi, o salmista, séculos antes de Cristo, em inspirados versos, cantou:

Aquele que habita no abrigo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.

Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nEle confiarei.

Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio. Nenhum mal me sucederá, nem praga alguma chegará ao meu lar.

Aos teus anjos darás ordem a meu respeito, para me guardarem em todos os caminhos.

Eles me sustentarão para que não tropece meu pé em pedra alguma.

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Muitos são os que dizem confiar em Deus, em sua Divina Providência. Todavia, basta que surjam as primeiras dificuldades, os problemas mais desafiadores, sentem-se afligidos, fragilizados e, até mesmo, injustiçados.

Nossa vacilante fé perde-se nas brumas do medo, dos desafios diários, dos comprometimentos reencarnatórios, das inseguranças e incertezas do amanhã.

O Evangelista Mateus registrou as palavras do Cristo: Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.

Um grão de mostarda. Pequeno, com apenas dois milímetros de diâmetro, aproximadamente. No espaço de um ano, nas condições ideais, transforma-se numa árvore cujos galhos alcançam cerca de dois metros de altura.

E quais são as condições ideais? Primeiro, a semente deve ser de qualidade. Em seguida, a terra deve ser fértil e, a seu turno, cultivada, regada. Ainda, é preciso a ação do tempo que traz a chuva, o sol, o vento, o florir, o anoitecer, o silêncio.

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E para o germinar da fé, da confiança, quais as disposições necessárias?

Como a semente que precisa ser de boa qualidade, a fé para ser inabalável deve ser construída, lapidada, sempre e constantemente.

Construída com as conquistas da razão, do conhecimento e compreensão das Leis Divinas.

Lapidada na dor e na resignação, pois que Deus jamais nos desampara e permite que passemos pelo sofrimento a fim de que, pelas lágrimas renovados, nos tornemos mais humildes e menos vacilantes no caminho do progresso.

E para que esta preciosa semente germine, é necessária a terra fértil de um coração que ame, que seja caridoso, que seja paciente, que seja benevolente.

Ainda, é preciso que respeitemos o tempo. Tempo que tudo cura, que tudo ensina, que tudo renova.

Tempo que nos permite a possibilidade de não mais dizermos eu creio, mas sim afirmarmos, categoricamente, eu sei, com todo o coração, com toda a razão e com toda a confiança.

Pensemos nisso! Confiemos!

Redação do Momento Espírita, com transcrição
de versos do Salmo 91, do livro bíblico Salmos e
 citação do Evangelho de Mateus, capítulo 17,
versículo 20.
Em 19.8.2016.

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