Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone Solidariedade

O ser humano, em geral, é muito resistente a mudanças.

O adulto tenta ser natural, embora sempre com um pezinho atrás.

O adolescente, quando não descontraído, é quem mais se encolhe.

As crianças, de modo geral, aceitam melhor e se adaptam.

Enfim, a grande maioria de nós, sempre que levados a determinadas mudanças de rumo, nos sentimos como quem fica sem chão.

Hábitos, costumes, pessoas e situações diferenciadas nos deixam arredios e desconfiados.

Isso não deveria acontecer com tanta frequência, porque somos seres sociais.

No entanto, ao chegarmos a novo bairro, cidade, Estado ou país, nos sentimos verdadeiros ETs.

Elegemos uma espécie de solidão, um escudo invisível para evitarmos aproximações.

Quase nunca nos questionamos sobre essa situação, não buscamos o porquê da tal sensação.

Medo? Insegurança? O que move nosso interior?

*   *   *

Recentemente, nos encontrávamos em um grupo de vinte pessoas, quando se aproximou uma jovem senhora, bastante retraída, a princípio.

Participávamos de estudo evangélico, que deveria se iniciar em poucos minutos.

Fomos ao seu encontro, demos-lhe as boas vindas, e a convidamos a sentar-se.

Ela olhou para todas, timidamente, cumprimentando com a cabeça e, baixando os olhos, sentou-se ao nosso lado.

Estava ainda silenciosa quando lhe perguntamos o nome e a apresentamos.

Falou pouco durante o tempo em que ali estivemos, mas buscamos familiarizá-la ao ambiente.

Ficou feliz, e disse que não se adaptara ainda à cidade.

Havia sido transferida por motivo profissional, há poucos dias. Passando em frente ao local, fora atraída por alguns painéis, resolvendo entrar.

Nos dias seguintes, continuou a vir e as amizades foram se concretizando.

Com o tempo, tornou-se excelente companheira de estudos e de voluntariado.

Foi uma experiência enriquecedora, que nos permitiu constatar a importância de sermos solidários com quem se sente solitário.

*   *   *

Neste mundo, podemos escolher entre nos afundarmos em solidão ou nos aproximarmos das pessoas para convivermos.

Não esquecer que fomos feitos para viver em sociedade.

A nossa realidade, nos mais variados ramos da vida, nos faz totalmente dependentes uns dos outros, o que favorece a aproximação.

Embora a timidez nos leve a determinadas situações, busquemos vencê-la e sejamos os primeiros a procurar o outro.

Não esperemos ser notados para obtermos um pouco de atenção, e termos alguém interessado em nos ouvir.

É muito fácil e importante perceber que se desejamos que as pessoas se aproximem, nós devemos tentar o passo inicial.

Quando aprendemos a olhar o mundo com certa abertura de espírito e compreendemos o valor da solidariedade, tudo muda ao nosso redor.

Busquemos confraternizar, nos aproximar dos que nos cercam, oferecendo nossa presença, nossa amizade.

Jesus nos ama sem limites, e prossegue, como sempre, de braços abertos.

Sigamos o Seu exemplo. Observemos com atenção as possíveis necessidades dos que se nos aproximam, ajudando como pudermos.

Sejamos solidários, projetando luz, paz, alegria, conquistando felicidade e progresso.

Redação do Momento Espírita.
Em 10.9.2016.

 

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