Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Pai nosso

Jesus de Nazaré, durante os poucos anos em que emprestou Sua presença amiga aos sofredores e ignorantes da Terra, foi visto orando, inúmeras vezes.

Então, um dos apóstolos, desejando verdadeiramente aprender, rogou a ele: Mestre, ensina-nos a orar.

E Jesus ensinou a mais bela síntese de como se deve fazer uma prece, proferindo a oração que conhecemos como Pai Nosso.

Percebemos não se tratar de uma simples prece, mas de um roteiro seguro do qual podemos extrair profundas lições.

Ao enunciar Pai Nosso, evoca o Criador com suprema humildade e submissão, como quem busca a proteção divina de alma aberta.

E nos autoriza a considerarmos que, filhos do mesmo Pai, formamos uma única e grande família.

Ao afirmar Que estais nos céus, reconhece a supremacia e a grandeza do Senhor do Universo, que a tudo governa com extrema sabedoria.

O Senhor do Universo que está em toda parte, em todos os mundos.

Quando Jesus fala Santificado seja o vosso nome, demonstra o respeito e a veneração pelo Ser Supremo, sentimentos que devemos todos a esse Ser incriado, Pai celeste, Criador de todas as coisas.

Quando o Mestre roga: Venha a nós o vosso reino, sua alma se abre para nos ensinar que o Reino de Deus está dentro de cada um de nós.

E que para encontrá-lo é preciso buscar com todas as forças. Um reino que não é de aparências exteriores, nem de futilidades.

Um reino imperecível.

Quando Jesus profere as palavras: Seja feita a vossa vontade, submete-se fielmente ao Pai, confiante em Suas soberanas leis.

Oferta-nos a lição de que não devemos desejar que prevaleçam as nossas vontades e nossos desejos.

Quando Seus lábios se abrem para pedir: O pão nosso de cada dia nos dai hoje, sua rogativa é de um filho agradecido, que reconhece a misericórdia e a providência divinas.

E nos diz que, se com nosso trabalho, obtemos nosso sustento, também necessitamos do pão da alma, que somente o Pai nos pode oferecer.

Jesus continua e roga: Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

Assinala uma lei simples e imutável que estabelece o perdão como condição básica para sermos perdoados.

Rogando ao Pai: Não nos deixeis cair em tentação, Jesus nos convida a buscar o amparo do Alto para as nossas intenções de autossuperação, de renovação íntima, de construção do homem novo.

Uma súplica e um desejo que nos devem ser constantes, querendo trilhar somente as veredas do bem e da justiça.

E, quase finalizando, ao solicitar: Livrai-nos do mal, ratifica esse nosso anseio de agir com retidão, não desejando nos afastar das soberanas leis de Deus.

É um pedido para que sejamos fortalecidos a fim de não virmos a cometer erros, tão comuns em nossas jornadas.

Por fim, conclui: Amém, palavra hebraica que significa, em síntese, concordância, adesão.

Também podemos entender como Certamente, De verdade. Assim seja.

Dessa forma, quando tornarmos a orar o Pai Nosso, pensemos em cada frase, e nos iluminemos, com cada ensino.

Acima de tudo, lembremos que se trata de oração ensinada pelo nosso Modelo e Guia.

Um autêntico e sincero diálogo com o Pai.

Redação do Momento Espírita.
Em 21.2.2023.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998