Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Prudência

Prudência é atitude de sabedoria.

Prudência no falar; prudência no agir; prudência no pensar.

Eis uma importante virtude da alma.

O falar com prudência nos conduz a uma atitude refletida, pois muitas vezes perdemos o domínio das palavras que, desatreladas, produzem incêndios, promovem conflitos e muitos outros desastres.

A palavra não pronunciada é patrimônio precioso de que o ser humano se pode utilizar no momento justo.

A palavra liberada pode se converter, quando dita sob ofensas, em castigo que volta a punir o irresponsável que a libera.

A ação precipitada, sem a necessária prudência, invariavelmente causa desacertos e aflições sem nome, conduzindo as vítimas ao despenhadeiro do insucesso, em cuja rampa o remorso sempre chega tarde.

Antes de agir o homem é depositário de todos os valores que pode investir. Após a ação colhe os resultados do ato.

Salutar, dessa forma, agir, através da ponderação a fim de que a atitude não se converta em algoz, que escravize quem a praticou.

Pensar prudentemente.

Uma ofensa que nos chega aos ouvidos, nos ferindo, pode nos conduzir a uma posição exaltada, impedindo, em consequência, a perfeita ordenação mental.

Observamos o ocorrido através de ângulos falsos, distorcidos, numa apreciação perturbada, e os resultados são quase sempre danosos.

Pensar refletindo, aí está a prudência. Ouvir, criando o hábito de ponderar, para então chegar às legítimas conclusões em torno dos verdadeiros problemas da vida.

Precipitado, Napoleão conquistou a Europa e, refletindo, meditou tardiamente nos erros cometidos, na ilha de Santa Helena.

Conduzido pela supremacia da força, Alexandre Magno dominou o mundo e febres estranhas tomaram conta de seu corpo jovem, antes das reflexões de que muito necessitava.

Com prudência Jesus pensou, falou e agiu, em todas as oportunidades.

*   *   *

Toda ação prudente é cautelosa. Porém, ao contrário do que pensa o senso comum, prudência não é morosidade. A virtude da prudência, aliás, é o justo meio entre dois extremos, como tão bem colocou Aristóteles:

De um lado a inação ou a lentidão; no outro extremo a precipitação, a pressa. Ela estará no equilíbrio, no ponto central.

Prudência não admite perda de tempo. É rápida e certeira, pois o tempo é inerente a ela.

Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas foi o conselho de Jesus, na preparação de Seus discípulos para o trabalho que teriam pela frente. Seriam lançados como ovelhas no meio de lobos.

A serpente representa a prudência, que nos permite reconhecer o mal com antecedência e assim fazer as melhores escolhas em todas as situações.

A prudência é considerada por muitos como a virtude por excelência, porque através de seu exercício é que os seres humanos podem refletir e decidir com sabedoria.

Por isso, sejamos prudentes. Nem apressados, nem lentos demais: prudentes...

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 43, do
livro
Convites da Vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 12.11.2018.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998