Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
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ícone Um dia no sítio

As férias estavam terminando quando se decidiu passar um dia no sítio de um amigo, não muito distante de onde moravam.

As crianças maiores tinham seu sábado programado, mas logo concordaram. E foi um alvoroço só.

Saíram de casa no início da manhã, levando gostoso lanche, para saciar possível fome e sede, durante o trajeto.

As três garotinhas e os dois meninos foram falando sem parar sobre os animais que viviam no sítio, os menores dizendo de seus medos do trator, dos bois...

Quando adentraram a estrada poeirenta, deixando a rodovia para trás, o assunto explodiu nas vozes desencontradas e expectantes.

Ficaram admirados em ver que as árvores frutíferas estavam enormes!

Vovó mostrou uma mangueira copada com galhos simétricos que convidavam para uma escalada.

Perguntou para a turminha quem gostaria de ser o primeiro a subir.

Quais passarinhos criados em gaiolas, pois viviam em apartamento, ficaram com os olhos muito abertos sem falar nada.

Ela disse que, quando criança, havia uma mangueira muito grande, onde morava e costumava subir pelos seus galhos.

Foi caminhando para a árvore, lembrando, saudosa, o tempo em que tirava os sapatos e escalava galho por galho.

Ao contar as façanhas que fazia, seus olhos brilharam e um sorriso lindo se estampou na face, fazendo com que a meninada quisesse ter a experiência.

Um a um se dispuseram à aventura e, rápido, estavam todos empoleirados nos galhos.

Mamãe correu buscar o celular para registrar o fato.

Chegando a hora de preparar o macarrão para o almoço, descobriram que não havia gás no fogão.

Foi o momento da vovó reativar o velho fogão de lenha e a meninada foi à cata de gravetos para realizar mais essa proeza.

A tarde foi tomada pelo banho no rio, as brincadeiras no espaço imenso, corridas pela pradaria.

No retorno, o cansaço foi tomando os pequenos, um a um, dormindo no carro. Chegando em casa, a primeira pergunta foi quando poderiam reprisar aquele dia.

*   *   *

Muitas são as maneiras de mostrarmos às nossas crianças que podemos brincar e nos distrair de várias formas possíveis.

Quanto é saudável passarmos um dia no campo.

Podemos diversificar muito as brincadeiras, em contato direto com a natureza.

Uma árvore permite várias formas de distração, desde sua escalada até balanços com cordas, que levam a imaginarmos tocar o céu com os pés.

Com a presença de um adulto responsável, várias atividades podem ser realizadas com as crianças.

Elas têm fome de natureza, de brincadeiras simples, que permitam o desenvolvimento de sua criatividade.

Não são muitos os que conseguem montar sua própria pipa ou pandorga, e fazê-la voar pelos céus, em áreas abertas, que não ofereçam risco.

E existem os jogos de bolinhas de gude, as brincadeiras de roda, que ficaram distantes, esquecidas com suas canções alegres e soltas.

Com a tecnologia de massa, nossas crianças deixaram de exercitar coisas básicas, criando, improvisando.

Eis uma boa experiência para se colocar em prática.

Redação do Momento Espírita.
Em 15.6.2019.

 

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