Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone Celebração do amor

Em alguns países, como Argentina, França, Portugal, Estados Unidos, 14 de fevereiro assinala a comemoração do Dia dos Namorados.

A data homenageia São Valentim, um bispo que lutou contra as ordens romanas do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento.

A norma se prendia ao fato de que, para Roma, os solteiros eram melhores combatentes.

Valentim continuou celebrando casamentos, foi preso e decapitado no dia 14 de fevereiro do ano 270.

Os enamorados o elegeram como seu protetor, seu padroeiro, o que motivou as comemorações que, em verdade, iniciaram em torno do século V.

No intuito de substituir um festival romano que consistia na veneração da deusa da fertilidade, a Igreja estabeleceu o dia 14 de fevereiro como o dedicado a São Valentim.

Na Idade Média dizia-se que essa data assinalava o primeiro dia de acasalamento dos pássaros.

Por isso, os enamorados usavam essa ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do ser eleito.

Na verdade, o que desejamos festejar é o amor. Nesse dia, em especial, o amor entre dois seres que se elegem como companheiros para compartilhar uma nova vida.

Neste ano, uma declaração de amor muito especial tocou a muitas pessoas.

Isso porque é natural presenciar o arroubo dos corações jovens, que tecem o ninho da primeira paixão.

Amores da adolescência, da juventude. Amores de quem acabou de descobrir o que é se apaixonar.

Maravilhoso é constatar aqueles casais em que o amor mais se acentua e burila a cada novo ano.

O maestro e compositor André Rieu escreveu, nesse dia:

No dia de São Valentim, vou voltar para casa, para surpreender a minha mulher.

E não é pela primeira vez. Há cerca de quarenta e cinco anos, eu era um jovem estudante de regresso do conservatório de Bruxelas para Maastricht, na Holanda, para visitar a minha jovem mulher.

Antes de embarcar, gastei as minhas últimas moedas para comprar um buquê de rosas vermelhas para Marjorie.

Quando cheguei à estação, dei-me conta de que não tinha dinheiro suficiente para o bilhete de trem.

Eu estava em uma das plataformas, as rosas na mão, o desespero no rosto, quando uma desconhecida percebeu minha situação.

Ela se aproximou e se ofereceu para pagar-me a passagem.

Não sei quem era essa pessoa. Mas nunca me esqueci da sua gentileza.

Quem quer que você seja, agradeço-lhe do fundo do meu coração e a Marjorie também agradece.

*   *   *

Uma declaração de amor à esposa de mais de quatro décadas de convivência e dois filhos.

Suave lembrança de agradecer, mesmo depois de tanto tempo, à gentileza de uma desconhecida.

O amor que soma os anos na convivência, que aprende a compartilhar sonhos, conquistas e reveses, somente se fortalece.

O amor que vê nascer os filhos e os filhos dos seus filhos é prova eloquente da longevidade desse sentimento.

Amor que se traduz em gentileza, em respeito, em pensar em como surpreender quem já nos conhece tão bem.

Desejamos um amor assim? Que tal começar hoje num saudável exercício?

Redação do Momento Espírita com frases
 de André Rieu, colhidas em
The Official
Newsletter, de 14.2.2020
Em 10.4.2020.

 

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