Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone Os direitos de toda a Humanidade

O progresso da Humanidade se faz passo a passo.

A conquista do saber e do amor, bem como a superação dos limites e preconceitos, dos mitos e lendas com os quais fomos embalados em nossa infância espiritual, se fazem gradualmente.

Muitas foram as criaturas que, conseguindo enxergar mais além, lutaram, sofreram e até sucumbiram, para que tivéssemos uma visão mais humana da vida.

A escravidão foi uma mancha triste na História dos povos. Mas, sempre houve quem lutasse pela igualdade.

Nos Estados Unidos, no Estado do Alabama, no ano de 1955, Rosa Parks, uma jovem negra, resistiu à ordem de ceder seu lugar, no ônibus da cidade, a um homem branco.

Aquele primeiro de dezembro assinalaria um marco na História da lei de segregação racial naquele país.

Ela foi detida e levada para a prisão. Mas, o seu protesto silencioso propagou-se rapidamente.

Religiosos, ativistas e mais de quarenta mil usuários negros de ônibus realizaram boicote ao transporte público, por mais de um ano.

Isso levou a suprema corte americana julgar inconstitucional a segregação racial nos transportes públicos.

E Rosa Parks se tornou a mãe do moderno movimento dos direitos civis, na América do Norte.

Ela enfrentou animosidades. Também recebeu apoio, como de John Conyers e Martin Luther King.

Até 2005, quando morreu, foi agraciada com medalhas e honrarias pelo seu destemor e heroísmo.

*   *   *

As situações que separam as pessoas por motivos partidários, raciais e outras criadas pelos homens não têm razão de ser.

As Leis divinas são para todos.

Todos os que compomos a Humanidade somos iguais. Não existe registro que indique que Deus criou alguns de forma diferente de outros.

A alegoria bíblica estabelece que o homem foi criado do pó da terra e que se tornou vivente quando o Criador soprou-lhe, nas narinas, o hálito da vida.

Todos iguais.

Por isso, a sabedoria popular diz que o sol brilha para todos.

Todos estamos submetidos às mesmas leis da natureza.

Todos nascemos igualmente fracos, estamos sujeitos às mesmas dores, e o corpo do rico se destrói como o do pobre.

Deus a nenhum homem concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte: todos, aos seus olhos, são iguais.

Portanto, tudo o que for estabelecido como barreira entre nós, pela cor da pele, pelo ter ou não posses, por habitar esse ou aquele país, não tem foro de verdade.

Somos diferentes, sim, em aptidões, em faculdades, fruto do progresso alcançado, do esforço individual realizado.

Mas, a função dos que sabemos mais é justamente dividir os conhecimentos com os que sabem menos, auxiliando no progresso uns dos outros, dentro da lei de amor e caridade que nos rege as vidas.

Essa é a esperança de entendimento que acalenta o coração do homem justo.

Esse o sinal que unirá a Humanidade na busca de um mundo verdadeiramente novo, onde o bem, somente o bem prevalecerá.

Caminhemos mais depressa para essa finalidade.

Esforcemo-nos. Dediquemo-nos. A felicidade será de todos nós.

Redação do Momento Espírita, com base nos dados
biográficos de Rosa Parks e na pt. 3, cap. IX, de
 
O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 28.11.2020.

 

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