Momento Espírita
Curitiba, 27 de Abril de 2024
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ícone Depressão não tem rosto

A postagem na rede social faz um alerta grave: Depressão não tem rosto.

A publicação mostra uma série de belas fotos de artistas sorrindo para as câmeras. Celebridades em momentos inesquecíveis, com brilho nos olhos e aparente satisfação com suas vidas.

Contudo, algo que todas essas criaturas possuem em comum, além da fama e de muitos fãs pelo mundo todo, é a depressão e até o suicídio.

Os comentários que seguem as postagens podem ser resumidos em: Que triste... Eu nunca imaginei... Ele ou ela parecia ter uma vida feliz.

A coletânea de fotos representa uma pandemia silenciosa que se alastra pelo planeta e inunda de dor muitos corações desprotegidos.

A depressão é uma doença psiquiátrica, um distúrbio afetivo, que acompanha a Humanidade há muito tempo.

Como toda enfermidade, tem sua nascente na alma.

Há componentes genéticos, biológicos, ambientais, em muitos casos, como em qualquer doença.

No entanto, quem desencadeia ou não tais fenômenos, quem acelera ou quem freia as reações químicas no corpo físico é sempre o Espírito.

Ele é o comandante de todo o processo de saúde, de bem-estar. Ou o contrário.

Jamais seremos vítimas indefesas de doenças cruéis.

Não somos vítimas. Ou se somos é de nós mesmos.

Não somos indefesos, pois sempre há uma saída, por mais difícil que ela se apresente. Sempre há força, capacidade em nós.

Importante, assim, não nos colocarmos em nenhum dos extremos da incompreensão.

Nem naquele que nos põe como doentes sem saída. Nem no outro, que se nega a perceber que os transtornos da afetividade são muito sérios e merecem nossa total atenção.

Depressão não tem rosto, pois ela se esconde, por vezes, atrás de sorrisos armados, que tentam se encaixar em padrões sociais que não satisfazem as necessidades mais profundas da alma.

Depressão não tem rosto, pois ela se disfarça, por vezes, de soberba. Outras, de euforia. Inebria-se com a fama, com os aplausos, que dão a falsa ideia de que o que fará feliz a pessoa é o amor que recebe, quando, em verdade, o que lhe falta é autoamor.

Depressão é, muitas vezes, falta de sentido existencial, falta de entregar-se a uma causa, entregar-se ao amor que apenas doa sem esperar nada em troca.

Depressão é agravamento do luto, da tristeza que, em doses pequenas, é necessária, faz crescer. Mas, quando toma as rédeas da vida não mais as quer devolver.

Depressão ainda pode ser complexo de culpa não superado, reflexos de uma alma milenar que não soube realizar os próprios atos com responsabilidade e transformou seus erros em mera autopunição.

Tudo isso precisa ser tratado. Tudo isso precisa ser cuidado com muita autoamorosidade. Também amor ao outro, na forma de compreensão e atenção.

Cuidemos uns dos outros. Não permitamos que o irmão ao nosso lado murche a ponto de não mais se sentir pertencente ao jardim terrestre.

Entreguemos a ele nosso perfume inspirador. Mostremos a beleza das manhãs. Recordemos o brilho do olhar do Criador observando cada uma de suas flores e dizendo: Estou aqui e amo você.

Redação do Momento Espírita
Em 9.3.2023.

 

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