Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone Na estação invernosa

O inverno é a estação mais fria do ano, desafiando, com suas características acentuadas, determinadas regiões do planeta.

Temperaturas muito baixas, tempestades de neve, frio enregelante.

Os animais, que hibernam, se abrigam em refúgios próprios e permanecem imóveis, a fim de conservarem a energia corporal, considerando que, nessa época, a comida é escassa.

Aves voam milhares de quilômetros, migrando para regiões mais quentes. As abelhas se apinham na colmeia para suportar o frio com o calor umas das outras.

As formigas se internam no lugar mais profundo do formigueiro e tampam a entrada com restos vegetais.

O homem, igualmente, busca abrigo adequado a fim de vencer as investidas da estação invernosa.

Em certas circunstâncias, precisa permanecer recluso, aguardando o amenizar das condições climáticas.

Aventurar-se na neve, no gelo, nem pensar.

Embora nos possa parecer interminável, como toda estação, o inverno é sazonal. Tem começo, meio e fim.

Quando ele se vai, respiramos aliviados e, imediatamente, reformulamos nossa maneira de viver.

De forma semelhante, agimos em nossas relações com o Pai Celeste.

Quando o inverno do sofrimento nos visita, nós o buscamos como a cabana aquecida que nos haverá de abrigar.

Existem muitas almas que apenas se recordam da necessidade do encontro com os emissários do Divino Mestre por ocasião do inverno rigoroso do sofrimento.

Muitas se lembram do Salvador somente em hora de neblina espessa, de tempestade ameaçadora, de gelo pesado e compacto sobre o coração.

Em momentos assim, o barco da esperança costuma navegar sem rumo, ao sabor das ondas revoltas. Os nevoeiros ocultam a meta e tudo, em torno do viajante da vida, tende à desordem e à desorientação.

Nesses momentos, recorremos a Jesus, ao Pai, como se eles fossem criados de sobreaviso para nos atender.

É quando nos lembramos de orar: quando estamos em apuro, quando as coisas da vida vão mal.

Quando tudo vai bem, não achamos que seja necessário orar. Na calmaria, fechamos nosso coração.

Importante aprendermos que manter contato com nosso Pai e Criador, não deve ser um expediente de última hora, em extrema necessidade.

Orar não deve ser somente pedir. Deve nos constituir algo tão importante como respirar. É a respiração da alma.

Orai sempre, recomenda o Apóstolo Paulo, ao escrever sua epístola aos companheiros da Tessalônica.

É como dizer Respirai sempre. Nunca deixeis de respirar porque sem respiração não podereis viver.

Dessa forma, não invoquemos a proteção celestial somente quando surgirem as avalanches na caminhada, quando a geada enregelar nossos corações.

Filhos do amor do Pai permaneçamos conectados com Ele, todos os dias.

A alma que ora cria uma abertura rumo ao infinito, porque está com fome e espera receber alimento de Deus.

É indispensável, diz o benfeitor espiritual Emmanuel, procurar o Amigo Celeste ou aqueles que já se ligaram, definitivamente, ao Seu amor, antes dos períodos angustiosos, para que nos instalemos em refúgios de paz e segurança.

Pensemos a respeito.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 66, do
 livro
Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
 Francisco Cândido Xavier, ed. FEB; na
1ª Epístola aos
 Tessalonicenses,  cap. 5, vers. 16 e no livro A Metafísica do
 Cristianismo, de Huberto Rohden, ed. Martin Claret, cap.
 Quando quiserdes orar.
Em 27.3.2023.

 

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