Momento Espírita
Curitiba, 03 de Maio de 2024
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ícone Sementes do jardim de Deus

A semente é um dos mais belos símbolos da Criação, exemplificando, com simplicidade e perfeição, profundos conceitos filosóficos em todos os tempos.

Nela podemos enxergar, por exemplo, um Universo latente que, encontrando as condições propícias de temperatura, umidade e recursos orgânicos, desabrocha e realiza plenamente o seu potencial adormecido.

Nos serviços da natureza, ela se mostra como sacerdotisa do Criador e da vida. Gloriosa herdeira do poder divino. Cooperadora na evolução do mundo, transmitindo silenciosa e sublime lição aos seres humanos.

Geratriz da vida, exemplifica sabiamente a necessidade dos pontos de partida, as requisições justas de trabalho, os lugares próprios, os tempos adequados, segundo suas aptidões e as condições em que se desenvolve.

Há sementes que brotam rápido, diante das mínimas condições favoráveis. Em semanas ou meses se transformam em plantas adultas.

Basta uma breve chuva e elas florescem, frutificam, geram outras sementes, deixando no solo seu legado para a preservação da espécie.

Outras se demoram no aconchego da Terra, pacientemente, esperando o momento certo e as condições exatas para germinarem.

Algumas, não raro, levam anos para se tornarem adultas, como ocorre aos carvalhos, às oliveiras e aos baobás, que vivem por séculos.

Podemos conceber a semente, também, como símbolo do sacrifício, ao imolar-se para um propósito maior, pois somente morrendo ela vive nos seus descendentes, transmitindo-lhes seu código genético.

A semente pode ser ainda símbolo de autodomínio, realizando o seu propósito sem pressa, no seu tempo, ao sabor do curso natural da existência.

Transportemos esses conceitos para a Humanidade e concluiremos que, de igual forma, somos como as sementes. Estamos neste mundo, como se fora o jardim de Deus, destinados a realizar, fatalmente, nosso potencial de perfeição.

Para isso, Espíritos, criados simples e ignorantes, vamos adquirindo e equilibrando conquistas intelectuais e morais, em sucessivas experiências de vida.

Como a semente, damos frutos segundo as estações da nossa maturidade espiritual.

Alguns o fazemos rapidamente, em contraste com outros que demoram a amadurecer, capacitando seu livre-arbítrio, no ritmo de suas próprias necessidades e em repetidas experiências.

Quando nos oferecemos em sacrifício para atender nossos amores ou, mais meritoriamente, estranhos ao nosso convívio, anulando o nosso querer para atendê-los, nos assemelhamos à semente que morre para dar vida.

Como cooperadores do Pai na evolução do mundo, a silenciosa e sublime lição da humildade de saber começar, constitui serviço muito importante.

Dessa maneira, é indispensável que não percamos de vista as possibilidades pequeninas: um gesto, uma palavra, uma hora, uma frase, que podem representar sementes gloriosas para edificações imortais.

Imprescindível que nos façamos atentos para não perder a oportunidade da germinação pessoal.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7, do
 livro
Pão nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
 de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 20.10.2023.

 

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