Momento Espírita
Curitiba, 18 de Abril de 2024
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ícone Paradoxos do nosso tempo

 Desde as primeiras idades da Humanidade terrena até aos tempos atuais houve grandes progressos e isso é muito positivo.

O progresso tecnológico demonstra que o homem caminha a passos largos na direção de melhores condições de vida e conforto para toda gente.

Mas, apesar do progresso intelectual conquistado, muitas criaturas ainda se debatem nas sombras da miséria moral porque só levam em conta os empreendimentos materiais.

Construímos autoestradas amplas, mas não ampliamos os nossos pontos de vista.

Gastamos muito, consumimos mais e desfrutamos menos, porque nada nos satisfaz.

Temos casas maiores e famílias menores; mais ocupações e menos tempo para dedicar aos afetos.

Buscamos o conhecimento e nos permitimos um fraco poder de julgamento. A medicina está mais avançada, mas não conseguimos manter a saúde desejada.

Bebe-se demais, fuma-se demais, se gasta de forma perdulária e não se conquista a alegria verdadeira.

Dirigimos rápido demais, mas nos irritamos com facilidade.

Raramente lemos um livro. Ficamos muito tempo diante da TV e dificilmente oramos.

Multiplicamos as posses, mas diminuímos nossos valores. Falamos demais, amamos menos e odiamos com muita frequência.
Aprendemos como ganhar a vida, mas não sabemos aproveitá-la bem.

Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos.

Já fomos à lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua para encontrar nosso vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, mas desconhecemos a nossa intimidade. Fazemos coisas em quantidade, e poucas vezes nos importamos com a qualidade.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma. Dividimos o átomo, mas não nossos preconceitos.

Salvamos o mico-leão dourado e abortamos nossas crianças.

Falamos muito, reclamamos em demasia, mas poucas vezes prestamos atenção nas próprias palavras e, raramente, ouvimos nosso próximo.

São tempos em que planejamos mais, e realizamos menos.

Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência. Temos tido excessivo cuidado com as coisas exteriores, e dado pouco valor ao padrão moral.

Temos ajuntado bens materiais, mas não logramos construir a paz íntima.

Possuímos computadores que nos permitem viajar pela aldeia global em poucos minutos, mas diminuímos a comunicação com as pessoas que nos cercam.

Temos nos permitido múltiplos relacionamentos, mas não nos preocupamos em cultivar afetos verdadeiros.

Estes são tempos em que se almeja a paz mundial, mas não se envidam esforços para acabar com a guerra nos lares.

São dias de duas fontes de renda familiar, e de mais divórcios; de residências mais belas, e lares destruídos.

Enfim, estes são tempos de alta tecnologia que nos permite levar estas palavras até você e que lhe dá total liberdade de escolha entre refletir sobre elas, ou simplesmente ignorar.

*   *   *

A tecnologia é prova irrecusável da capacidade do ser humano.

Por essa razão, o homem já demonstrou que é dotado de imenso poder intelectual.

Só resta agora, descobrir sua realidade de ser imortal e cocriador com Deus e fazer brilhar, de vez por todas, a sua luz interior, conforme recomendou o Homem de Nazaré.

Pense nisso!

 

Redação do Momento Espírita, com base
em mensagem de autoria desconhecida.
Em 13.09.2010.

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