Momento Espírita
Curitiba, 20 de Abril de 2024
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O que você pensa a respeito do casamento?

As respostas para esta pergunta são as mais variadas.

Uns dizem que o casamento é uma instituição falida. Outros afirmam que é coisa do passado, que o moderno é viver o sexo livre, sem maiores compromissos.

Vejamos o que os Espíritos responderam à questão proposta por Allan Kardec, em O livro dos Espíritos:

Que efeito teria sobre a sociedade humana a abolição do casamento?

Seria uma regressão à vida dos animais. O estado de natureza é o da união livre e fortuita dos sexos. O casamento constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas. A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão exemplo de uniões constantes.

Podemos perceber, com esta resposta, que o casamento é uma excelente escola de aprendizado para o casal e para os filhos que chegam através da sua união.

Todavia, o que ocorre é que poucas pessoas se preparam convenientemente, antes do consórcio matrimonial.

A ausência desse cuidado, quase sempre ocasiona desastre imediato de consequências lamentáveis.

Tentados por paixões de variada ordem, que se estendem desde o apelo sexual até os jogos dos interesses financeiros, deixam-se levar e caem nas armadilhas da própria irresponsabilidade.

Podemos perceber que o problema não está no casamento em si, mas na condução que damos a ele.

Considerando que o lar é a célula básica da sociedade, a característica de cada sociedade será a resultante das características gerais das famílias que nela vivem.

Assim, se os pilares que deveriam sustentar cada lar desmoronam, a sociedade inteira se ressente com as consequências. E se não há harmonia no lar, que é o embrião da sociedade, não haverá sociedade harmonizada.

Além disso, sendo o casamento uma grande escola para se aprender a arte do convívio, a fraternidade, a solidariedade, o cultivo do afeto, se este não sobrevive, o que podemos esperar da comunidade?

Infelizmente, o que se pode constatar, quando um casamento se desfaz, é a supremacia do individualismo, do egoísmo, da tola vaidade, do orgulho e da prepotência de uma ou de outra parte, ou de ambas.

O que acontece é que geralmente os casais se esquecem das promessas feitas quando da assinatura desse contrato de convivência mútua que chamamos casamento.

As promessas foram as de ficar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza ou na pobreza, mas juntos. E dificilmente o casamento mal estruturado resiste aos primeiros golpes da dificuldade que se apresenta.

Os casais se esquecem de que apenas algumas gotas de tolerância podem salvar e fortalecer a união. Que a renúncia preserva o convívio e o torna mais sólido. Que o esquecimento de um mal-entendido aproxima e engrandece os seres. E que o amor, nas suas mais variadas expressões, é a ferramenta capaz de solidificar e conservar a união dos seres por toda a eternidade.

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O matrimônio é abençoada oficina onde podemos aprender a tecer os mais lindos sonhos de ventura e paz.

É a oportunidade bendita de reatar os laços rompidos em existências passadas ou estreitar o afeto iniciado com alegria.

O casamento é experiência nobre que pode nos credenciar aos altos planos da Criação, ao encontro da felicidade plena que tanto desejamos.

 

Redação do Momento Espírita, com base no item 696
de
O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. FEB.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 2, ed. FEP.
Em 9.12.2013.

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