Às vezes, verificamos que profissionais se transferem de um para outro local de trabalho.
Então, nos perguntamos se terá sido somente por causa de salários mais altos, mais vantagens econômicas.
Surpreendemo-nos quando descobrimos que alguns, simplesmente mudam porque desejam desfrutar de melhor qualidade de vida.
Registramos depoimento de uma jornalista que, há alguns anos, se transferiu de emissora televisiva.
Diz que a vida real não são as conquistas efêmeras. Que marido, família, amigos são criaturas que estarão conosco, mesmo quando a empresa não mais fizer parte do nosso cotidiano.
Tendo recebido de sua mãe o conselho de se tornar independente, deu ênfase total à sua carreira.
Nesse afã, relegou para segundo plano o lado emocional. Não se dera conta de que, para conquistar o seu espaço não precisava deixar o seu universo.
Descobriu, no entanto, que é possível incorporar os dois. Basta ouvir a sua voz interior.
Há anos ela não conseguia ir a um aniversário de amigos, nem jantar com a família.
Não via seu marido a semana toda. Chegava em casa às duas da manhã. Ele acordava às sete.
Chegou a comprar um quadro branco para deixar os recados antes de deitar e encontrava os do marido, ao se levantar.
Na sexta, ele a esperava. Ficavam juntos até às quatro da madrugada. Levantavam tarde no sábado.
E, num piscar de olhos, o sábado tinha acabado. Isso, às vezes. Porque em muitos finais de semana ela estava de plantão.
Por isso, ela decidiu largar um emprego excelente em troca de sua felicidade.
Não foi fácil. Foram noites de insônia e tensão. Chorou. Contudo, o apoio do marido a auxiliou a decidir.
Ela o conhecera em uma entrevista, na qual pouco conversaram sobre trabalho, viagens.
Na semana seguinte, ela foi para a França. Em Paris, recebeu um telefonema.
Era ele.
Você veio para um congresso? - Ela perguntou.
Não, foi a resposta. Vim convidar você para jantar.
Quatro meses depois estavam casados.
É essa relação especial que ela desejou preservar. E aconselha: Em sua carreira, em suas conquistas, vá com calma.
Encontre o seu ponto de equilíbrio e não tenha medo de lutar por seus sonhos.
A jornalista incluiu em seus novos planos, dedicação ao atual emprego, sem abrir mão da parte pessoal.
Afirma que está feliz e consegue, hoje, depois de três anos de casada, ir ao cinema à noite com seu marido.
* * *
Somente seremos felizes se o amor fizer parte da nossa vida. Podemos amar a nossa profissão, dedicarmo-nos de forma total, conseguir sucesso e fama.
Poderemos ter poder e dinheiro.
Mas se não tivermos alguém para amar e alguém que nos ame, poderemos não nos sentir verdadeiramente realizados.
Ninguém vive sem amor. Amor de esposa, de irmã, de mãe. O carinho de amigos. A ternura de alguém.
Um momento para amar. Uma criança. Um idoso.
Um momento para receber a gratidão, o carinho.
O amor é condimento indispensável à vida.
Redação do Momento Espírita.
Em 9.1.2025
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