Momento Espírita
Curitiba, 25 de Abril de 2025
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Desde muito tempo, estudiosos da sociologia, da psicologia, do comportamento humano vêm afirmando que somos seres sociais.

Temos a necessidade de nos relacionarmos, de viver coletivamente e interagir.

Essa vida de relação nos proporciona aprendizado, nos estrutura emocionalmente e também colabora para dar significado à nossa existência.

Nessas interações, somos sempre impactados, em maior ou menor aspecto, pelas relações que ocorrem em nossa jornada.

Temos envolvimentos de longo prazo e profundidade, como os do convívio entre pais e filhos.

De ambos os lados dessa relação, marcas indeléveis são construídas, seja pela intimidade, seja pela intensidade e longevidade das interações.

Os relacionamentos de amizade, que vamos cultivando ao longo da existência, igualmente se mostram significativos e profundos.

Existem ainda, envolvimentos de caráter afetivo, amoroso, sexual.

Não menos relevantes, esses nos constituem, impactam e constroem em nós muitas estruturas emocionais.

Há outras relações mais superficiais, como aquelas de caráter social, profissional, nas quais interagimos com maior número de pessoas, porém, sem apresentar uma intimidade ou maior profundidade.

Também existem aquelas corriqueiras, pontuais, de alguém que encontramos no comércio, no transporte público, no banco ou no consultório médico.

Por mais diversificadas e distintas que sejam essas relações, o traço comum a todas elas é que estaremos impactando o outro com algo de nós.

Em todo relacionamento humano, haverá sempre algo de nós que restará no outro, no contato passageiro ou dilatado.

Cabe a cada um escolher o que deseja exatamente que fique de si no outro.

Em síntese, podemos escolher o que ofertaremos aos que compartilharão nossa caminhada breve ou longamente.

Nos relacionamentos íntimos, sejam familiares ou de amizade, podemos deixar marcas profundas de confiança, amor, dedicação.

Nas relações profissionais ou nas de cunho social, podemos oferecer marcas de respeito, integridade, generosidade.

Para as demais, podemos ofertar educação, gentileza, cortesia.

Seja qual for a relação, aquilo que dermos ao outro, irá repercutir em seu mundo emocional.

Uma criança que cresce em um lar amoroso, terá uma construção emocional saudável e harmoniosa.

Aquele que trabalha em um ambiente respeitoso e íntegro, terá menos chance de desenvolver doenças de cunho emocional oriundas dessa sua atividade.

Aquele que recebe de nós um aceno, um sorriso ou um gesto de gentileza, talvez possa levar consigo, para seu lar, para onde se dirija, um tanto de leveza e alegria.

Portanto, prestemos atenção no que estamos oferecendo de nós àqueles que passam por nós ou convivem conosco.

Pensemos no quanto de nós ficará no outro, após o nosso contato.

Não importa se foram apenas minutos de um encontro ou uma relação dilatada de meses a anos.

Sempre, o mais importante de nós ficará com o outro.

É de nos indagarmos o que estamos deixando na vida do nosso semelhante: a doçura de um sorriso, o perfume da nossa delicadeza, um gesto de atenção?

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita
Em 18.4.2025

 

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