Momento Espírita
Curitiba, 02 de Junho de 2025
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ícone Deus mora nos detalhes

A frase é atribuída ao arquiteto alemão Ludwig Mies van der Rohe.

Dessa maneira, está expressa a ideia de que a perfeição divina está nas minúcias das coisas e, por isso, tudo devemos executar com acurado esmero.

O culto ao belo, presente na filosofia e na arte, já demonstrava esse pensamento na Grécia antiga.

Cabe-nos refletir: se a grandiosidade de Deus está atenta a detalhes, por que nós, Seus filhos, de um modo geral estamos tão alheios a eles?

Se nos dispusermos a prestar atenção, veremos as marcas do Criador em cada pormenor, e nos haveremos de encantar com as descobertas dos tesouros de delicadeza extrema.

Tentemos, ao sair para caminhar, procurar as pequeninas flores silvestres, os solitários dentes-de-leão floridos, que enfeitam as calçadas, com seu amarelo inigualável.

No parque, notemos o relvado, as árvores sem igual. Umas com galhos retorcidos, outras eretas. Algumas com folhas abundantes, outras quase sem copa, em dezenas de tons esverdeados.

Percebamos as vidas minúsculas que elas abrigam, escondidas nas suas cascas rugosas.

Olhemos as formigas laboriosas, fazendo e refazendo suas casas a cada temporal, em constante trabalho.

Vejamos as abelhas e outros insetos que vão, de flor em flor, levando a fecundidade a todo o reino vegetal. Recordemos que, sem eles, a vida na Terra não teria a exuberância que conhecemos.

Reparemos no ninho de passarinho na árvore recém-podada, na revoada das avezitas, buscando abrigo, antes do vendaval.

Nos dias chuvosos, admiremos os pingos de chuva que caem do céu como gotas de fertilidade abençoando o solo árido, atendendo à prece do homem do campo.

Pingos de chuva pequenos, que se transformam em abundância de líquido, beneficiando a terra.

No inverno, percebamos como as árvores que florescem são diferentes, em sua apresentação. Algumas com galhos quase sem folhas, alegram e colorem a estação fria.

Descubramos em nossos jardins e praças os belos buganvilles, as exuberantes quaresmeiras, os manacás, as rosas, as dálias.

Uma palheta de cores sem igual.

À noite, longe da luz artificial da cidade, emocionemo-nos com a imensidão repleta de estrelas. Tudo tão imenso, tão distante, tão esplêndido ante a nossa pequenez.

E Deus atende a cada detalhe, todos os dias, pela eternidade afora.

*

A vida é a tradução da perfeição do Criador, preenchendo cada recanto do Universo.

A natureza espelha o Seu amor aos filhos que criou, como Pai amoroso e bom.

Em tudo Ele está presente e se manifesta. Em verdade, nEle vivemos, nos movemos e existimos.

Em nós, igualmente, esculpiu detalhes. Por isso, não se repetiu. Somos únicos e inigualáveis.

Podemos nos encontrar em patamares semelhantes, apreciando as mesmas coisas e trabalhando nos mesmos projetos. Contudo, pelo detalhamento divino, cada um de nós contribui de uma forma especial.

E isso somente nos conduz a louvarmos esse Deus Pai, Criador de todo o Universo, que a tudo governa com sabedoria e amor.

Que maravilha sabermos que temos um Pai tão extraordinário, não é mesmo?

Redação do Momento Espírita
Em 3.5.2025

 

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