Momento Espírita
Curitiba, 02 de Junho de 2025
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ícone O que é a felicidade

O problema da felicidade está sempre condicionado ao foro íntimo.

Cada um de nós, com as condições que tem, a vê de uma forma distinta.

Na observação da natureza, percebemos como os degraus evolutivos nos afiguram bastante claros.

Cada ser tem sua necessidade e elege sua felicidade com base no que possa conseguir para atendê-la, para satisfazê-la.

Para o corvo, a felicidade é a penetração nos detritos.

Para a serpente, é a absorção do veneno com que se fortalece na defensiva.

Para a coruja é a excursão nas trevas.

Para a lesma é o exercício da reciclagem dos resíduos orgânicos, beneficiando, especialmente, nossos jardins.

Para a andorinha é o culto da primavera onde a primavera fulgure. Para a fonte é o serviço a todos.

Para a árvore é a incansável beneficência.

Para o sol é o privilégio de servir em luminosa doação de si mesmo.

Cada Espírito, da mesma forma como acontece para os elementos mais simples, demora-se mais ou menos na atitude mental que se lhe afigura como sendo a aspiração satisfeita.

Para muitos ainda, a felicidade é a imersão na preguiça e no ódio, na discórdia e na crueldade, na penúria e na ignorância, no desalento e na rebeldia.

Entretanto, para as almas acordadas na revelação de Jesus, a felicidade é a construção de si mesmas para a comunhão ideal com Deus.

Ao despertarem, começam a perceber que podem ser como a fonte, servindo água a todos, indistintamente. E, assim como esse manancial, percebem que ao se doarem em serviço não se anulam nem se esvaziam.

Podem ser também como a árvore que, com sua bondade, auxilia de tantas formas distintas: pela sombra que proporciona, pela nobre função de renovação do ar, pelo habitat de tantos outros seres. Também pelas flores e frutos.

Podem ser sóis, que se autoiluminam ao mesmo tempo que trazem luz aos mais próximos, aos familiares, aos adversários, aos inimigos.

Alegram-se, pois encontram uma felicidade nunca antes experimentada, que não se compara à proporcionada pelos prazeres efêmeros da vida material.

Uma vez conhecendo tais requintes de sentimento, não voltam mais, não olham para trás e são capazes de todos os sacrifícios possíveis para desfrutá-la com mais frequência.

*   *   *

Se você já despertou para a verdade, aceite o trabalho e a renúncia, as aflições e as penas da estância física por abençoado material para a sua própria edificação.

O equilíbrio interior virá da felicidade em servir, da felicidade do amor, que nos fortalece em todas as áreas.

Mesmo com adversidades, você perceberá que a vida segue no sentido de nos fazer maiores, mais maduros e senhores de nós mesmos.

Você passará a dar menos importância a elas, pois estará tão ocupado em servir, tão envolvido com os planos superiores que o Criador lhe inspirará, que lhe parecerão todas pequenas.

Alguns irão com você. Outros ainda não, o que é natural. Seja paciente, pois cada um tem o seu momento de despertamento, assim como você mesmo.

Finalmente, pense: O que pode vir a ser a felicidade para você?

A proposta de uma vida desperta irá lhe surpreender.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 12,
 do livro
Nós, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
 de Francisco Cândido Xavier, ed. CEU.
Em 22.5.2025

 

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