Seja qual for a tarefa que abraçamos na jornada terrena, é preciso executá-la com planejamento e perseverança.
O Mestre Jesus bem exemplificou. Ser perfeito, ao iniciar Seu messianato, que se estendeu por quase três anos, não o fez intempestivamente.
Demonstrou planejamento prévio, atenção a detalhes, formação dos que deveriam prosseguir na divulgação das verdades que Ele viera trazer ao mundo.
Inicialmente, cercou-se de doze continuadores e a eles transmitiu, pacientemente, os conhecimentos necessários para a execução da tarefa.
Detinha-se nas noites de estrelas, a lhes falar de forma particular e orientativa para os dias que deveriam enfrentar.
Adicionalmente, de forma sequente e paulatina, atraiu outros corações para a Sua Causa.
Convocou a Zaqueu em seu lar. Igualmente a Maria de Magdala, Joana de Cusa e a mulher samaritana, em todos identificando a sede pela água viva que Ele oferecia.
No período em que com eles conviveu, foi-lhes Modelo e Guia solícito.
Ensinando e exemplificando o Evangelho que veio implantar na Terra, moldou-lhes o caráter e os preparou para os grandes embates que viriam.
Não lhes acenou com honrarias nem com facilidades. Ao contrário, disse-lhes das tantas dores que os alcançariam e das exigências da tarefa, inclusive da própria vida.
Falando ao povo, em geral, sábio por excelência, utilizou-se de linguagem simples e acessível, para ser compreendido por todos.
Esse Modelo e Guia nos leva a indagarmos:
Como nós podemos contribuir com Deus? O que devemos fazer para sermos agentes do Seu amor?
Vivemos outros tempos, diferentes daquele em que Ele esteve conosco. Outras realidades nos cercam.
Vale lembrar que nossa contribuição está na razão direta de nossa luz espiritual, que engloba nossas conquistas nos campos moral e intelectual.
Dessa maneira, nossa ação inicia no âmbito familiar, dos mais próximos aos mais distantes, estendendo-se ao círculo de amigos.
Também daqueles que mourejam ao nosso lado nas atividades que garantem o nosso sustento material.
E nos círculos da fé que professamos.
Isso nos afirma que toda tarefa no bem é de origem divina e sempre podemos ser úteis ao próximo como instrumento da Providência.
Basta que tenhamos boa vontade para desejar algo realizar e fazê-lo, no limite das nossas forças, dentro das condições que nos sejam ofertadas.
Valorizar as oportunidades que se apresentem, sem inquietação e pessimismo, colocando-nos sob a guarda do Pai que tudo sabe, nos garantirá sermos instrumentos do bem, da paz, da fraternidade.
Para melhor empreendermos esse compromisso, a iluminação da mente, a elevação dos sentimentos, com esforço, paciência e perseverança, é condição mínima que nos é exigida.
Naturalmente, não nos tornaremos seres angélicos, de rompante. Mas estaremos no rumo da ascensão, galgando degraus para o Alto, a pouco e pouco.
O mais gratificante é sabermos que, na tarefa de iluminar os caminhos, os primeiros a se beneficiarem seremos nós.
Quem está mais próximo do foco de luz, antes de qualquer outro, se ilumina.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 96, do
livro Vinha de luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 24.5.2025
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