Quando foi a última vez que acordamos dispostos, cheios de vontade, com aquela força que dá gosto de ver, como se diz popularmente?
Quando foi a última vez que nos vimos sem reclamar de nada, sem queixas, e simplesmente agradecemos pela vida, por existir?
Quando foi que nos pegamos sorrindo sem aparente razão, por estarmos de bom humor, ou como se diz, animados?
Se foi hoje mesmo ou recentemente, sintamo-nos aliviados. Ou pelo menos tranquilos, pois não é o que temos visto no comportamento da Humanidade nestes dias.
Só nos animamos de verdade quando há algum acontecimento, um motivo externo considerável. Do contrário, o comportamento padrão se mantém num certo marasmo, numa quase apatia, verdadeiramente preocupante.
Aliás, o termo animado é deveras interessante.
Sua raiz etimológica é a mesma de alma. Algo ou alguém animado está cheio de vida, repleto de energia, entusiasmo.
Como todos somos alma, de certa forma todos deveríamos nos sentir animados. Não há porção de alma maior para um do que para outro.
Assim, desanimado é algo como uma falta de alma ou quem sabe uma desconexão com nossa própria alma, com nosso eu profundo.
Fica mais fácil entender assim. Toda vez que estamos nos sentindo desanimados é porque perdemos a conexão conosco mesmo.
O que precisamos, então, para nos reconectar? Para recuperar a carga completa de alma?
Tudo está no pensamento. Algo levou nossos pensamentos para regiões de desequilíbrio, de ideias pessimistas ou mesmo venenosas.
Invigilância, descuido, influências.
Uma noite de sono mal dormida por vezes significa que estivemos em contato com conteúdos adoecidos de nosso inconsciente. Trazer isso à tona nos traz mau humor, revolta, tristeza.
De outras vezes podem ter sido as companhias, nem sempre amigas ou positivas.
Podem ser ainda os problemas de saúde do corpo, insônia, questões neurológicas.
Resumindo: o que era para ser um período de sono reparador, acabou por se tornar um desregulador da nossa noite e poderá se refletir no nosso dia.
Temos à disposição variados medicamentos para essa situação. Comecemos com uma prece. Religuemo-nos ao Criador. Ele é a fonte da anima, da alma.
Então, peçamos forças, energias. Digamos que estamos dispostos a seguir com a programação estabelecida para nossa existência.
A higiene mental é fundamental. Leiamos uma página edificante, que nos fale da beleza da vida, a importância da encarnação e que estamos aqui para crescer.
Ouçamos uma boa música, mantenhamos contato com a natureza, escutemos os pássaros, respiremos ar puro e tomemos sol.
Raios de sol produzem muito mais do que a vitamina D. Eles regulam o sono, o humor e previnem diversas doenças.
Sejamos gentis com as pessoas. Abracemos. Expressemos nosso amor por alguém. Nada melhor que lembrar que amamos e o quão bem nos faz o amor. Isso nos recarrega.
O ânimo volta aos poucos, mas volta. Cada um tem o seu tempo.
Lembremos: somos alma, somos anima, um sopro do Criador. Animada por amor e para amar.
Redação do Momento Espírita
Em 5.9.2025
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