Momento Espírita
Curitiba, 05 de Dezembro de 2025
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ícone Noite de gratidão

Festa de aniversário. Como tantas outras. Ou será que não?

Ambiente aconchegante, não demasiado amplo. Música e leveza no ar, flores nas mesas, toalhas delicadas.

Cumprimentos à porta, sorrisos e abraços.

Nesses momentos, é encantador reencontrar amigos que não víamos há muito tempo, companheiros de trabalho, antigos chefes de repartição.

Tudo é tão agradável que quase chegamos a pensar que a festa foi concebida essencialmente para nós.

A conversação flui e desejamos tirar o atraso de tanto tempo sem nos reencontrarmos.

Recordamos tempos vividos, rimos e sorrimos, entre o saborear dos pratos do jantar.

Finalmente, chega o momento em que serão oferecidos os doces.

Canta-se os Parabéns e a voz de um amigo, recordando os tempos em que cantava e cantava muito, se ergue, quando os outros se calam.

Sua voz ressoa com os versos seguintes da canção, com os quais deseja ao aniversariante tudo de bom que a vida pode lhe oferecer, muita saúde e amigos também.

Aplausos se confundem. Já não se sabe se aplaudimos o homenageado da noite ou o convidado cantante, que a todos emocionou.

Os olhos contemplam a mesa de doces, artisticamente montada, cheia de cores e de formas.

Faz-se ouvir a voz do aniversariante. É um verdadeiro poema de gratidão aos pais, à família, aos amigos, à vida.

Recorda detalhes, fala do cinquentenário que se cumpre. Do quanto fez. Do tanto que ainda há a fazer.

Sucede-lhe a mãe. Em uma folha de papel, para não esquecer dos versos tecidos no amor, ela encanta os presentes dizendo da surpresa da gravidez, da inexperiência da mocidade, da chegada do pequenino.

Tudo versa gratidão: ao marido, aos avós do menino, pela recepção amorosa daquele pedacinho de gente.

Enaltece os talentos do filho, poeta e músico.

E quando todos pensavam que poderiam servir-se dos docinhos que estavam ali, acenando doçura, o irmão vem à frente para falar do quanto é grato a Deus por ter esse irmão.

Lembra dos momentos de compartilhamento do quarto, das travessuras e das peripécias vividas juntos, considerando a proximidade das suas idades.

Como aprendi com você! Como é bom tê-lo como irmão mais velho!

Falam depois outro irmão, a irmã...

Dois amigos se entreolham. Desejariam tomar a palavra. Falar também de como aquele ser é importante em suas vidas, o quanto lhes faz bem a sua convivência, repartindo versos, rimas e canções.

Como a sua presença é significativa para eles. Desejariam falar... mas se detêm.

Um segreda ao outro: Melhor nos calarmos e dizermos a ele no particular. Afinal, a noite foi recheada de manifestações e todos anseiam por saborear as doçuras.

*   *   *

Noite de gratidão. Os aniversários são momentos em que constatamos o quanto a nossa vida influencia a vida de outros.

Temos uma amiga que costuma anotar, ano a ano, os cumprimentos individuais. E compara, para ver se cresceram em número.

Diz ela: É bom saber se estou sendo útil, amiga, irmã. Os números me alertam.

Quando descobrimos que explode gratidão, sabemos que estamos jornadeando de mãos dadas. Somos companheiros, amigos, irmãos.

Redação do Momento Espírita
Em 22.9.2025

 

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