Momento Espírita
Curitiba, 05 de Dezembro de 2025
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ícone Aprendamos com as crianças

Os adultos desejamos ensinar tudo às crianças. Quando elas iniciam a balbuciar, não nos cansamos de repetir as palavras, a fim de que aprendam a falar de forma correta.

Nós lhes ensinamos o alfabeto, os números, as cores. Mergulhamos com elas nos livros, auxiliando-as a descobrir as maravilhas do macro e do microcosmo.

Somos os mais experientes porque já vivemos alguns anos a mais do que elas.

Contudo, existem lições de sabedoria que essas criaturinhas nos ensinam, todos os dias.

Quando uma criança se machuca, não importa se é um pequeno ou grande machucado, ela logo chora e procura o colo da mãe. Chorando, ela informa que está doendo, que aquilo a está incomodando muito.

Buscando o colo da mãe, ela deseja ser acarinhada, confortada, auxiliada.

Lição para o adulto: não precisamos suportar a dor sem chorar. E procuremos alguém em quem confiemos para que nos ajude.

Pode ser um amor precioso, ou um amigo, um irmão. Enfim, alguém que nos dê a mão.

Quando uma criança cai de um brinquedo e quebra o braço, nem por isso deixa de, ainda com o braço engessado, tornar a subir no mesmo brinquedo.

Deseja provar que é capaz, que consegue, que vai vencer. Ensina, dessa forma, que não devemos desistir porque o negócio não deu certo ou porque fomos reprovados em teste de seleção em uma empresa. O importante é não nos deixarmos abater e continuar a tentar, até conseguir.

Quando uma criança está com sono, ela se aconchega, fecha os olhinhos e dorme.

Se o coelhinho de pelúcia perdeu uma orelha ou o carrinho quebrou, assim mesmo ela dorme. E no sono, se permite sonhar. Sonha com lugares lindos, bolas coloridas, muitos brinquedos, sorvete, brincadeiras e amigos.

Nova lição para o adulto: se nosso corpo assinala que está na hora de dormir, atendamos. Busquemos o leito e descansemos. Depois, recomeçaremos as tarefas, e muito melhor.

Não nos permitamos a insônia por causa de coisas materiais. Se os índices da bolsa oscilaram, ou se nossa conta bancária não apresenta tantos dígitos, durmamos mesmo assim.

Nosso corpo precisa recuperar as energias pelo repouso. Depois, retornaremos às lutas, ao trabalho, às melhores decisões.

Quando uma criança brinca, ela se permite entrar em seu mundo de faz-de-conta e mergulha por inteiro. Ela fantasia, fala com seus bichinhos e bonecos, cria histórias, sonha de olhos abertos.

Ela é o homem que voa, o dono de uma grande fazenda cheia de animais, o astronauta a caminho do infinito. Não há limites para a sua imaginação. E isso a satisfaz, a faz feliz.

Com isso, nos diz que nunca devemos deixar de sonhar e de perseguir os nossos sonhos. Que devemos nos concentrar em nossos desejos e perseverar.

Tudo é possível àquele que trabalha, prossegue, não desiste.

*   *   *

A criança é alguém que nos diz, todos os dias, que é bom viver, que o mundo é belo e que não há limites para a mente humana.

Ela nos afirma, com seu jeito de ser, que podemos sonhar, sem perder a esperança; que podemos sofrer reveses, sem cair no desânimo; que podemos preservar a saúde, mesmo que adversidades nos envolvam.

Enfim, ela nos ensina que a esperança deve brilhar sempre em nossos olhos. Isso porque, depois deste dia, o sol despertará o amanhã e tudo terá o brilho do novo, do não conquistado, da alegria ainda não fruída.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 24, ed. FEP.
Em 8.10.2025

 

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