Durante nossa existência, somos rodeados de pessoas de diferentes naturezas, que, diária ou eventualmente, nos influenciam ou nos marcam seja quando chegam ou quando partem.
Há as pessoas-cometa, que surgem de repente, brilham intensamente por um tempo e se vão para nunca mais voltar, deixando marcas indeléveis em nossas almas.
Há as pessoas-ponte, que nos ligam a um trabalho, a uma instituição, a uma filosofia de vida ou a alguém a quem não chegaríamos sem ajuda.
Há as pessoas-lua, que projetam, carinhosamente, a luz da verdade nas estações de nossas vidas.
Há as pessoas-sol, que brilham intensamente sobre nós, nos aquecendo com seu amor e trazendo-nos a seiva que nos alimenta os dias.
Há as pessoas-canoa, que nos conduzem através dos rios da solidão e da amargura, no balanço do seu colo amoroso, curando-nos as mágoas e as dores.
Há as pessoas-lar, que nos abrigam, acolhem, protegem, fornecem um lugar onde aliviamos nossas tristezas e adormecemos nos dias de desesperança.
Há as pessoas-alegria, que deixam uma aura brilhante todas as vezes que nos encontram, modificando o rumo de nossos dias e nos enchendo de energia revigorante.
Há as pessoas-esperança, que nos visitam de vez em quando e renovam nosso desejo de viver e a fé na Humanidade.
Existem, também, as pessoas que nos infelicitam ao cruzarem nossos caminhos. Apenas servem de modelo a ser evitado.
São as pessoas-egoísmo, que nos ferem, mas, muitas vezes, nos ajudam a educar o nosso próprio eu.
São as pessoas-orgulho, que acreditam pertencer a uma classe especial de indivíduos, cujo comportamento leva o fel da amargura aos nossos corações.
São as pessoas-vaidade, que valorizam o poder e a aparência, vivendo uma vida vazia e sem sentido.
São as pessoas-ciúme, em estado permanente de infelicidade por não se julgarem dignas do amor que recebem.
São as pessoas-inveja, cuja baixa autoestima as condena a um febril atordoamento, por não conseguirem conviver com a felicidade alheia.
São as pessoas-preguiça, que nada realizam e tentam transferir aos outros a responsabilidade por seus desaires e seus problemas.
São as pessoas-ódio, que contaminam os ambientes apenas por estarem presentes.
As mais especiais, extraordinárias e maravilhosas são as pessoas-amor. Elas transformam nosso existir em êxtase de felicidade com sua presença de luz e calor.
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Como vivemos em um mundo imperfeito, é natural encontrarmos e até convivermos com pessoas de diferentes naturezas.
Quando nossas psicosferas se entrelaçam, criamos choques de afinidades ou repulsas, influências passageiras ou simbioses de longa duração, a nos influenciarem a jornada.
Mais importante do que descobrirmos se quem se acerca de nós é uma pessoa boa ou não, se nos deseja o bem ou planeja nos fazer mal, é nos perguntarmos que tipo de pessoa somos nós.
Seremos uma pessoa-paz ou uma pessoa-discórdia?
Pensemos a respeito e nos esforcemos para sermos a pessoa-concórdia, a pessoa-amizade, a pessoa que todos desejam ter por perto, para se sentirem acolhidos e amados.
Redação do Momento Espírita
Em 31.10.2025
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