Você já reparou como cada ser da natureza busca aquilo que lhe é próprio? O beija-flor encontra, mesmo a distância, o doce néctar das flores. A formiga segue o rastro do açúcar. E os ratos são atraídos pelo lixo.
Assim acontece conosco. Nossos pensamentos e atitudes funcionam como convites silenciosos que enviamos ao mundo. Atraímos para nós aquilo que cultivamos no íntimo.
Se nutrimos gratidão, logo percebemos como pequenos gestos iluminam o nosso dia. O vizinho nos oferece um sorriso, a criança corre até nós para entregar um desenho. São como flores que brotam no caminho como respostas espontâneas.
Por outro lado, se escolhemos a rota da queixa constante, tudo parece conspirar contra nós. O trânsito se torna mais pesado, o trabalho, mais difícil, as pessoas, mais irritantes.
Não porque o mundo tenha mudado, mas, porque os óculos que colocamos nos olhos da alma são embaçados pela insatisfação.
Se saímos de casa desejando ser úteis, rapidamente encontraremos alguém precisando de ajuda, mesmo que seja simplesmente para atravessar a rua.
Se iniciamos o dia reclamando do frio ou do calor, passaremos as horas seguintes envoltos em mal-estar. São sementes diferentes, que geram colheitas proporcionais.
Então, nos perguntemos: o que temos atraído para a nossa vida? Amor ou ressentimento? Esperança ou desânimo? Harmonia ou desordem?
Cada um de nós produz frutos, diariamente, com suas palavras, pensamentos e atitudes. Frutos que alimentam nossa caminhada e também a dos que nos cercam.
Se desejamos flores, não podemos espalhar espinhos. Se almejamos paz, não convém semear desavenças e contendas. Se buscamos luz, não devemos propagar sombras.
O trabalhador que planta dedicação em sua profissão colhe respeito e confiança. O estudante que semeia disciplina recolhe oportunidades no futuro.
Quando semeamos bondade, encontramos corações dispostos a nos dar retorno em forma de amizade, de sorrisos.
Contudo, se insistimos no egoísmo, nossa colheita será de solidão. Se alimentamos a desonestidade, mais cedo ou mais tarde, nos veremos vítimas das próprias mentiras.
Se optamos pela violência, invariavelmente receberemos de retorno a dor que espalhamos.
Cada pensamento, cada ação, cada escolha é uma semente lançada ao solo da existência. Compete-nos prestar atenção ao que permitimos brotar em nós, a fim de que não venhamos a encontrar espinheiros em nosso caminho.
A vida nos devolve aquilo que oferecemos. O segredo para uma vida plena e feliz não está em mudar o mundo ao nosso redor, mas em transformar o nosso interior. A responsabilidade de moldar nossa realidade está em nossas próprias mãos.
Sermos como o beija-flor, sempre em busca das flores, do néctar ou nos inclinarmos para a negatividade, para o que é ruim é de nossa escolha.
Optemos por atrair o que edifica, o que consola, o que fortalece porque a vida sempre responde na mesma medida daquilo que oferecemos.
Há muito tempo, um Sábio Galileu sintetizou a grande verdade em uma breve sentença: A cada um segundo as suas obras.
Redação do Momento Espírita
Em 4.11.2025
Escute o áudio deste texto