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Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será acrescentado.

As palavras do Mestre de Nazaré, pronunciadas há dois milênios, anotadas pelo Evangelista Mateus, nos alcançam como um convite de excelência para as nossas vidas.

De um modo geral, estamos compromissados com a nossa subsistência e com a daqueles que a vida nos indica como de nossa responsabilidade.

Para alguns de nós, conseguir os recursos para o cotidiano é batalha constante. Cabem-nos grandes desafios e a necessidade da resignação e da perseverança.

Aos melhormente aquinhoados, não são menores as lutas, considerando que cada qual recebe seu quinhão de provas e expiações, neste planeta azul.

Todos temos nosso papel a desempenhar na economia divina, em que não há espaço para a ociosidade, nem o desânimo.

Nesse diapasão, o que seria buscar o reino de Deus e Sua justiça, conforme proclama Jesus?

Trata-se de um alerta profundo para reorganizar as prioridades da vida e focar no que é verdadeiramente fundamental para a existência humana e a convivência social.

O reino de Deus não é um lugar distante, nos céus, ou um império terrestre. Trata-se do estado de espírito no qual a vida está em harmonia.

Trata-se de nossa mente e coração organizados, guiados por princípios superiores, como a sabedoria, a paz e a benevolência.

É quando encontramos nosso verdadeiro propósito e agimos de acordo com ele.

Buscar o reino de Deus é buscar a excelência moral, colocando o desenvolvimento do ser acima do ter.

É o conjunto de valores éticos e morais universais: amor, bondade, integridade que, aplicados, transformam a nossa realidade e a das pessoas ao redor.

Buscar o reino de Deus é optar por esses valores acima de qualquer ambição material ou egoísta.

E a justiça de Deus nos diz da coerência entre o que pensamos, o que falamos e o que fazemos. O nosso agir corretamente em todas as circunstâncias, cumprindo o nosso dever de forma íntegra. É a busca pela virtude.

É a prática ativa de promover o bem comum e a equidade no mundo. É não aceitar a injustiça, a desigualdade ou a opressão. É a responsabilidade de tratar o próximo com o mesmo valor e dignidade que exigimos para nós.

Buscar essa justiça é buscar a retidão do nosso caráter e lutar pela equidade no mundo.

Dessa maneira, ao invés de gastar a maior parte da nossa energia com preocupações externas e transitórias, concentremo-nos em agir de forma justa e amorosa com o próximo.

Tenhamos a certeza de que, quando o nosso interior estiver em ordem, o exterior se organizará por si mesmo.

E Deus a tudo provê, com justiça inigualável, pois a cada um confere segundo suas obras.

Obras do agora ou do passado recente, que nos apresentam suas consequências, boas ou más, conforme tenha sido o nosso proceder.

Ou talvez de um passado mais distante, quase nunca lembrado por nós, mas que se alicerça na excelsa justiça divina, que nunca se equivoca.

Pensemos a respeito e façamos a nossa opção.

Redação do Momento Espírita, a partir
 do Evangelho de Mateus, cap. 6, vers. 33.
Em 13.12.2025

 

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